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Primer Congreso Uruguayo de Zoología - Sociedad Zoológica del ...

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FILOGEOGRAFIA DE Zygothrica vittimaculosa NO SUL DO BRASILFonseca P.M., Robe L.J. & Loreto E.L.S.Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa María, Brazil. pedro.graal@gmail.comO gênero Zygothrica abrange atualmente um total <strong>de</strong> 124 espécies <strong>de</strong>scritas, a maior parte das quais essencialmentemicófagas e/ou antófilas. No Brasil foram i<strong>de</strong>ntificadas, até o momento, 54 espécies pertencentes a este gênero.Entretanto, vários aspectos ecológicos e evolutivos acerca <strong>de</strong>stas espécies ainda são <strong>de</strong>sconhecidos. Zygothricavittimaculosa, por exemplo, apresenta registros <strong>de</strong> ocorrência para o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Santa Catarina e São Paulo,apresentando um gap consi<strong>de</strong>rável em sua distribuição. Com isso, o presente trabalho visa auxiliar na compreensãoda estruturação <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> Z. vittimaculosa ao longo da região sul do Brasil, buscando avaliar os padrõesevolutivos associados à radiação <strong>de</strong>sta espécie junto à região Neotropical. Indivíduos <strong>de</strong>sta espécie vem sendocoletados em inflorescências <strong>de</strong> Cestrum parquii e C. calycinum SOLANACEAE encontrados em diferentes pontos doRio Gran<strong>de</strong> do Sul. As flores são estocadas em condições naturais para que as larvas possam eclodir. Após isso é feita,a extração do DNA <strong>de</strong> cada indivíduo seguida da PCR <strong>de</strong> dois genes mitocondriais, codificadores das subunida<strong>de</strong>s I e IIda citocromo oxidase (COI e COII, respectivamente), e do sequenciamento dos mesmos. Cada indivíduo tem, seuhaplótipo avaliado com base nas sequências. Os níveis <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> e divergência entre haplótipos vêm sendocalculados no programa DNAsp, enquanto que networks das relações entre haplótipos são reconstruído no programaNetwork. Até o momento, foram coletados 50 indivíduos em sete municípios Gaúchos. Já foram analisadas assequências <strong>de</strong> 13 espécimes. Neste caso, foi possível evi<strong>de</strong>nciar a presença <strong>de</strong> quatro haplótipos diferentes, três<strong>de</strong>sses diferem em apenas um ou dois passos mutacionais e foram amostrados em três populações. O quarto,entretanto, foi encontrado apenas em uma população, e apresenta níveis <strong>de</strong> divergência <strong>de</strong> aproximadamente 4%para com os três primeiros. Isso levanta a hipótese <strong>de</strong> que duas espécies simpátricas possam estar sendoamostradas.VARIAÇÃO MORFOLÓGICA E NA ESTRUTURA DO CANTO EM Scinax granulatus(PETERS, 1871) (ANURA, HYLIDAE)Fonte L.F.M. & Borges-Martins M.Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Brazil. pulchella@gmail.comScinax granulatus (Peters, 1871) é um anfíbio anuro, pertencente à família Hylidae, e relativamente comum na maiorparte <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> ocorrência, que abrange o sul do Brasil, o Uruguai e algumas regiões da Argentina. Nesses locais,a espécie ocorre parcialmente em simpatria com Scinax fuscovarius (Lutz, 1925), Scinax nasicus (Cope, 1862) e Scinaxperereca Pombal Jr., Haddad & Kasahara, 1995, espécies similares morfologicamente e com estruturas do cantobastante parecidas. A existência <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> e sobreposição dos caracteres apontados como diagnósticosmuitas vezes torna difícil a realização <strong>de</strong> uma eficiente diferenciação entre tais táxons, sendo comum a ocorrência <strong>de</strong>erros <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Ainda, Scinax granulatus apresenta alta variabilida<strong>de</strong> morfológica ao longo <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong>distribuição. Assim, os objetivos <strong>de</strong>ste trabalho foram realizar análises morfológicas e na estrutura do canto <strong>de</strong>indivíduos <strong>de</strong> Scinax granulatus ao longo <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> ocorrência, para constatar se as diferenças existentes sãorelativas a variações populacionais ou se mais <strong>de</strong> um táxon vem sendo confundido sob este mesmo nome, e realizarcomparações <strong>de</strong> estruturas morfológicas e do canto <strong>de</strong> Scinax granulatus com as das outras espécies similares queocorrem em simpatria, para estabelecer diagnoses mais robustas. A partir da análise dos resultados, pô<strong>de</strong>-se concluirque Scinax granulatus apresenta alta variabilida<strong>de</strong> morfológica, mas que as diferenças observadas não foramconsi<strong>de</strong>radas gran<strong>de</strong>s o bastante para permitir o estabelecimento <strong>de</strong> uma diagnose segura entre grupos <strong>de</strong>indivíduos provenientes <strong>de</strong> diferentes localida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> modo que as diferenças foram consi<strong>de</strong>radas variaçõespopulacionais. Ainda, a análise das comparações entre espécies mostrou a existência <strong>de</strong> diferenças diagnósticas quepermitem uma correta i<strong>de</strong>ntificação dos indivíduos na maior parte dos casos, e a análise dos cantos <strong>de</strong> anúnciomostrou separação total entre os táxons, indicando que os mesmos são distintos e que possivelmente atuam comomecanismos pré-zigóticos <strong>de</strong> isolamento reprodutivo.188 <strong>Primer</strong> <strong>Congreso</strong> <strong>Uruguayo</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoología</strong>

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