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Primer Congreso Uruguayo de Zoología - Sociedad Zoológica del ...

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RÍO DE LA PLATA, BARREIRA DA DISPERSÃO DA HERPETOFAUNA MERIDIONAL DOBRASIL<strong>de</strong> Lema T.“Reinhold Hensel” Herpetology Office, Porto Alegre, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Brasil. thales<strong>de</strong>lema@terra.com.brA herpetofauna do Planalto Meridional do Brasil e a da Floresta Atlântica dispersam-se para o sul, diminuindo onúmero <strong>de</strong> espécies no sentido norte-sul e <strong>de</strong> acordo com a dominância <strong>de</strong> médias climáticas <strong>de</strong> temperaturas maisbaixas e, também, sob influência <strong>de</strong> clima andino que atinge o extremo sul brasileiro e Uruguai. As florestas tropicaismodificam-se para o sul, tornando-se subtropicais a temperadas e isso restringindo a biodiversida<strong>de</strong>. Raras formasatingem os campos sulinos, geralmente ventosos (Pampa). Mas o Río <strong>de</strong> la Plata forma uma barreira intransponívelnessa dispersão. Assim, nas duas margens opostas vemos herpetofaunas opostas e a bacia do Paraná é uma via <strong>de</strong>dispersão dos campos cerrados brasileiros para a Floresta Paranaense e cota meridional uruguaia. Aquelas formasque atingem as margens do Río <strong>de</strong> La Plata ficando “aprisionadas” no Uruguai, sofrem modificações produzidas porretrocruzamentos, uma verda<strong>de</strong>ira “piscina gênica”, no dizer <strong>de</strong> Dobzhansky. E, assim, surgem novas formas queinvertem o sentido <strong>de</strong> dispersão para sul-norte, indo povoar os campos sulinos brasileiros (Rio Gran<strong>de</strong> do Sul) e on<strong>de</strong>po<strong>de</strong>m encontrar-se com formas meridionais e aí surgindo híbridos. Outrossim, a herpetofauna argentina que sedispersa para nor<strong>de</strong>ste, vai povoar o Uruguai e o oeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, cuja área <strong>de</strong> encontro das duasdispersões opostas, apresenta híbridos. Isso foi possível visualizar com a análise <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> Squamata fossorial(Serpentes e Amphisbaenia), bem como <strong>de</strong> algumas terrestres (Dipsadidae). Táxons analisados: Amphisbaena,Helicops (grupo Carinicaudus), Liophis (grupo Poecilogyrus) Xenodon (grupo Dorbignyi), Oxyrhopus (grupo Rhombifer),e Phalotris.MODELAGEM DE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE DUAS ESPÉCIES DE Micrurus(SERPENTES, ELAPIDAE) COM OCORRÊNCIA NO SUL DO BRASILDelanni R.G. & Borges-Martins M.UFRGS, Brazil. r<strong>de</strong>lanni@hotmail.comA distribuição geográfica <strong>de</strong> espécies era geralmente estimada <strong>de</strong> forma subjetiva, utilizando como base somente ospontos <strong>de</strong> ocorrência registrados. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> distribuição geográfica permitem uma maior objetivida<strong>de</strong> nestainferência. Serpentes do gênero Micrurus, por serem animais peçonhentos, possuem importância na área médica,aumentando a necessida<strong>de</strong> do conhecimento <strong>de</strong> sua distribuição geográfica. O presente estudo busca analisar adistribuição potencial <strong>de</strong> duas espécies <strong>de</strong> cobra-coral com ocorrência confirmada para o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (RS),Micrurus altirostris e Micrurus silviae, através <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> nicho ecológico. Foi utilizado para as análises osoftware Maxent, que cruza pontos georreferenciados das presenças conhecidas com variáveis ambientais. Os dados<strong>de</strong> ocorrência foram compilados da literatura especializada e das coleções herpetológicas (UFRGS, MCP e MCN). Ascamadas ambientais foram retiradas do programa Worldclim. As áreas indicadas como <strong>de</strong> maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>encontro <strong>de</strong> M. altirostris foram o litoral norte e a <strong>de</strong>pressão central do RS e sul do Uruguai. As menoresprobabilida<strong>de</strong>s se encontram ao sul do estado e leste do Uruguai, além dos Campos <strong>de</strong> Cima da Serra e noroeste doRS, região on<strong>de</strong> M. silviae indicou sua maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontro. O valor AUC obtido, que testa a qualida<strong>de</strong> domo<strong>de</strong>lo, foi alto em ambas as espécies – 0,814 para M. altirostris e 0,963 para M. silviae – indicando boa capacida<strong>de</strong>preditiva. Futuros estudos <strong>de</strong> campo serão importantes para testar a capacida<strong>de</strong> preditiva do mo<strong>de</strong>lo. Outrasespécies do gênero com áreas <strong>de</strong> ocorrência próxima e registros duvidosos para a região serão mo<strong>de</strong>lados, paraverificar a possível presença no território estudado.<strong>Primer</strong> <strong>Congreso</strong> <strong>Uruguayo</strong> <strong>de</strong> <strong>Zoología</strong> 87

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