Primer Congreso Uruguayo de Zoología - Sociedad Zoológica del ...

BIODIVERSIDADE DE DÍPTEROS NECRÓFAGOS EM CARCAÇAS DE ANIMAISSILVESTRES, NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASILSilva, Â.Z. 1 , C.H. Hoffmeister 1 , V.A. Anjos 2 , P.B. Ribeiro 1 & R.F.Krüger 11 UFPel. 2 PUC-RS. andriofynynhoh@hotmail.comA fauna colonizadora de animais silvestres em decomposição é incipiente entre os diferentes modelos de carcaças.Espera-se que espécies de biomassa e dietas alimentares diferentes ao morrerem sejam fontes de colonização dediferentes espécies necrófagas. Para a verificação desta hipótese acompanhou-se decomposições de seis cadáveresde animais silvestres, expostos durante os anos 2008 e 2009. As carcaças foram recolhidas nas rodovias dasproximidades do campus da UFPel e cedidas ao laboratório de biologia e taxonomia de insetos. Foram cedidos:Didelphis albiventris (N=2, 0,69Kg; 3Kg), Tupinambis merianae (N=2; 1,56Kg; 1,69Kg), Nothura maculosa (N=1) eCerdocyon thous (N=1). A exposição no ambiente foi no interior de uma gaiola de metal para exclusão de vertebradosnecrófagos. Observou-se que as famílias Calliphoridae, Sarcophagidae, Muscidae e Fanniidae ocorreram em todas ascarcaças exceto na de D. albiventris (3Kg), na qual Sarcophagidae nã o ocorreu. A família Calliphoridae possuiu maiorfreqüência absoluta, exceto em T. merianae (1,69Kg), onde a família Sarcophagidae, dentre os dípteros, foi maisabundante. Outro fato relacionado a esta carcaça é a presença de microhimenópteros, possivelmente parasitóides demoscas, o que pode estar relacionado ao baixo número total de muscóideos na carcaça, apenas 173, contrastandocom as carcaças com menor massa, D. albiventris (0,69kg), N. maculosa (0,294Kg) e T. merianae (1,56Kg) nas quais sedesenvolveram 2273, 1267 e 557 adultos, respectivamente. Ambas as carcaças de T. merianae apresentaram baixonúmero de muscóideos desenvolvidos. Para as outras quatro carcaças a relação biomassa/nº de adultos manteve-sediretamente proporcional. Lucilia eximia, Crysomya albiceps e Hemilucilia semidiaphana foram as espéciesdominantes numericamente. A dominância ecológica da família Calliphoridae é observada entre carcaças de animaissilvestres e modelos forenses tradicionalmente utilizados. Talvez a biomassa da carcaça, tempo de exposição,condições climáticas e região geográfica sejam mais importantes na biodiversidade da fauna associada do que omodelo utilizado.PHTHIRAPTERA E GAMASIDA PARASITOS DE Columbina talpacoti (TEMMINCK, 1810)DA ÁREA URBANA DE PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL, BRASILSilva, D. S. da; Mascarenhas, C. S. & G. Müller.Universidade Federal de Pelotas, Brasil. diego.silva10@ymail.com.Columbina talpacoti (Temminck, 1810) (Columbiformes, Columbidae) possui vasta distribuição em toda América doSul. A alimentação baseia-se em frutos e sementes, coletados no solo, além de alimentos descartados pelo homem,apresentando uma boa convivência em ambiente urbano. Altas infestações de malófagos e ácaros acarretam emuma gama de prejuízos às aves, como irritação, perda de apetite e conseqüentemente menor produção de ovos eretardo no crescimento. Devido ao pouco conhecimento da fauna de artrópodes em C. talpacoti, objetivou-seestudar a fauna de Phthiraptera e Gamasida em C. talpacoti da região urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.Foram examinados 17 exemplares de C. talpacoti, os quais foram encontrados mortos por causas desconhecidasentre os anos de 2005 e 2009 e armazenados individualmente em freezer. A coleta dos artrópodes foi feita através delavagem da ave em solução contendo água e detergente líquido de louça e o conteúdo do recipiente peneiradoem tamis malha 150µm. Os ácaros foram montados diretamente em Hoyer e os Phithiraptera após clarificados emKOH foram montados em Balsamo do Canadá. Foram encontrados os seguintes representantes da OrdemPhthiraptera, com suas respectivas prevalências: Physconelloides eurysema (58,8%), Columbicola passerinae(41,2%) e Hohorstiella passerinae (11,8%), estes três malófagos tem seu primeiro registro parasitando Columbinatalpacoti no Rio Grande do Sul. Com relação à Ordem Gamasida foi encontrada a espécie Pellonyssus marui comprevalência de 11,8%, sendo este o primeiro relato desta espécie parasitando C. talpacoti no Rio Grande do Sul.258 Primer Congreso Uruguayo de Zoología