Primer Congreso Uruguayo de Zoología - Sociedad Zoológica del ...

CARACTERIZAÇÃO DA ICTIOFAUNA PRESENTE NA ZONA DE ARREBENTAÇÃO DASPRAIAS ARENOSAS ADJACENTES AOS MOLHES DA BARRA DA LAGOA DOS PATOS, RS,BRASIL: DADOS PRELIMINARESRodrigues, F.L. & Vieira J.P.Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica (PPGOB), Laboratório de Ictiologia - IO/FURG (Universidade Federal do RioGrande, Brazil). oceanolameiro@yahoo.com.brA ictiofauna da zona de arrebentação da praia do Cassino vem sendo estudada de forma intermitente desde opassado. No entanto, estudos concomitantes abrangendo coletas na praia do Cassino (Rio Grande) e do Mar Grosso(São José do Norte), ainda não foram publicados. Este trabalho traz informações preliminares da composição e davariação espacial da ictiofauna presente na zona de arrebentação das praias arenosas adjacentes aos molhes da barrada Lagoa dos Patos, RS, Brasil. As coletas foram realizadas de julho/2009 a junho/2010 em seis pontos (três em RioGrande e três em São José do Norte). Os peixes foram capturados com duas redes tipo picaré, uma com 9x1,5m eoutra com 30x1,8m. Em cada ponto eram feitos cinco arrastos com cada rede (cada arrasto=uma amostra), além doregistro de um conjunto de variáveis ambientais. Ao todo foram capturados 23.672 indivíduos (Rio Grande,N=12.925; São José do Norte, N=10.747), pertencentes a aproximadamente 51 espécies. Na praia do Cassino foramcapturadas 43 espécies, com quatro delas responsáveis por 74,9% das capturas em número: Odontesthesargentinensis-25,2%; Trachinotus marginatus-22,3%; Mugil platanus-14,0% e Brevoortia pectinata-13,3%. As espéciesmais freqüentes nas capturas foram Trachinotus marginatus-15,9% e Mugil platanus-14,1%. Na praia do Mar Grossoforam capturadas 44 espécies, com quatro delas responsáveis por 78,2% das capturas em número: Trachinotusmarginatus-32,7%; Odontesthes argentinensis-31,1%; Menticirrhus littoralis-7,9% e Mugil platanus-6,6%. As espéciesmais freqüentes nas capturas foram Trachinotus marginatus-20,8% e Odonteshtes argentinensis-14,4%. Trinta e seisespécies foram comuns a ambas as praias e o Coeficiente de Similaridade de Jaccard (Sj) entre os locais (Rio Grande-São José do Norte) foi de 70,6%, o que pode ser considerado alto, sugerindo não haver diferenças na constituição dafauna de peixes dos dois lados dos molhes da barra da Lagoa dos Patos.LIXO MARINHO EM AMOSTRAGENS BIOLÓGICAS: ATÉ QUE PONTO PODEMOSIGNORAR ESTE PROBLEMA?Rodrigues, F. L. 1 & J. P. Vieira 21 Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Biológica (PPGOB), Laboratório de Ictiologia - IO/FURG. 2 Laboratório de Ictiologia -IO/FURG. vieira@mikrus.com.br, oceanolameiro@yahoo.com.brNos últimos anos tem-se registrado um aumento considerável no número de publicações científicas voltadas ao tema“lixo marinho” e seus impactos na biota marinha. Os animais que mais sofrem com o lixo marinho são os mamíferos,tartarugas, aves e até peixes. Este trabalho resultou da observação em campo e do registro quantitativo e qualitativodo lixo marinho retido em redes de espera usadas para a coleta de peixes na zona de arrebentação da praia doCassino, RS, Brasil. O local de coleta foi uma praia arenosa situada a 22 km do molhe oeste da barra de Lagoa dosPatos. A coleta foi realizada no dia 12/06/2010 usando duas redes tipo Trammel net com 25 m de comprimento etrês malhas sobrepostas (duas malhas externas com 150 mm e a interna com 35 mm entre nós opostos). Cada redefoi colocada em profundidade de até 1,5 m, no período da manhã, ficando no mar por 5 horas consecutivas. A rede 1capturou um único exemplar de papa-terra Menticirrhus americanus, medindo 308 mm CT e pesando 352,3 g e arede 2 capturou um exemplar de pescadinha Macrodon ancylodon com 360 mm CT e 455,5 g e um exemplar decorvina Micropogonias furnieri, com 252 mm CT e 184,3 g. A distância entre cada rede era de aproximadamente 100m. Em comparação com a baixa captura de peixes, ambas as redes apresentaram elevada retenção de resíduosplásticos. A rede 1 reteve 65 pedaços de plástico e a rede 2, 109. Deste total, 89,2% (rede 1) e 92,5% (rede 2) foramde embalagens plásticas brancas e transparentes, com o restante (10,8% e 7,5%) apresentando cores variadas.Pretende-se com este trabalho, levantar a discussão do papel do lixo marinho como causador de impacto na biotamarinha e como objeto de interferência em amostragens biológicas.Primer Congreso Uruguayo de Zoología 253