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apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...

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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />

As nossas escolas são reflexos <strong>de</strong> movimentos históricos, tendo sido reformada várias vezes<br />

pelas opiniões políticas vigente. Em todo o mundo po<strong>de</strong>mos perceber como os interesses socioeconômicos<br />

moveram os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> educação. Na medida em que Ciência e Tecnologia foram reconhecidas como<br />

essenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento, foi também crescendo sua importância política.<br />

Um episódio muito significante nesta educação foi o movimento dos anos 60 conhecido como<br />

“guerra fria”, on<strong>de</strong> a corrida espacial forçou o investimento grandioso dos recursos humanos e financeiros<br />

que produziram os chamados projetos <strong>de</strong> 1ª geração na área da Física, da Biologia, da Matemática e da<br />

Química. As Universida<strong>de</strong>s passam a ganhar intensivo apoio do governo no campo <strong>de</strong> pesquisa e surgem<br />

as comunida<strong>de</strong>s Científicas Mundiais. Hoje tudo o que <strong>de</strong>ve ser estudado é <strong>de</strong>finido por estas correntes que<br />

ainda não conseguem fugir da interferência capitalista, tornando os currículos escolares <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos<br />

meios <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> produção.<br />

No Brasil, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preparação <strong>de</strong> alunos mais aptos foi <strong>de</strong>fendida pela <strong>de</strong>manda dos<br />

investimentos que o país realizou no seu processo <strong>de</strong> industrialização. A falta <strong>de</strong> matéria-prima e <strong>de</strong><br />

produtos industrializados durante a 2ª Guerra Mundial e no período pós-guerra gerou investimento científico<br />

fundamental. Mas somente com a criação da Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases em 1961, que pô<strong>de</strong> efetivamente ser<br />

criada uma carga horária para a área das Ciências, no hoje conhecido como Ensino Médio.<br />

Após as reformas da LDB, po<strong>de</strong>mos ver mais interesse em se ensinar Ciência, mas não há ainda<br />

força o suficiente para educar os indivíduos do Ensino Fundamental por falta <strong>de</strong> abertura nos parâmetros<br />

exigidos pelo governo. Então como po<strong>de</strong>remos gerar gran<strong>de</strong>s químicos neste país, se esta matéria somente<br />

é vista no 1° ano do Ensino Médio e talvez nas últimas séries do Ensino Fundamental? Deve-se então<br />

<strong>de</strong>finir porque estudamos esta área do conhecimento, para que se possa pensar não só nos métodos para<br />

alcançarmos maior rendimento, como também no conteúdo <strong>de</strong>ste ensino.<br />

Como já se pensava no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escola do séc. XVII proposta por Comenius, se a Ciência é o<br />

estudo dos sistemas da natureza internos e externos ao homem, seu aprendizado é fundamental para o<br />

progresso da socieda<strong>de</strong> como um todo. E sob sua visão, a importância <strong>de</strong>s<strong>de</strong> conhecimento é comparável a<br />

qualquer saber que o indivíduo necessite para sua sobrevivência, como as artes, a língua e a moral.<br />

Os objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais <strong>de</strong>ste modo não são novos e nem <strong>de</strong> maneira<br />

alguma utópicos. Compreen<strong>de</strong>r a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em socieda<strong>de</strong>, como<br />

agente da transformação; compreen<strong>de</strong>r a Ciência como um processo histórico e progressista e formular<br />

questões e propor soluções a partir <strong>de</strong> elementos das Ciências Naturais.<br />

Neste sentido a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora das escolas po<strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong> aliado para<br />

inserirmos o verda<strong>de</strong>iro sentido do ensino. Perceber se os estudantes estão <strong>de</strong> fato cientes da importância e<br />

da aplicação <strong>de</strong>ste conteúdo em suas vidas e no meio on<strong>de</strong> vive através <strong>de</strong> pesquisas que tragam à tona a<br />

raiz do problema. Assim po<strong>de</strong>mos criar estratégias que levem tanto aluno quanto professor a enten<strong>de</strong>r o<br />

enfoque <strong>de</strong>ste saber.<br />

Métodos <strong>de</strong> Ensino-Aprendizagem<br />

O que moveu a Química a possuir o conhecimento atual foi a curiosida<strong>de</strong>. Tentar enten<strong>de</strong>r o meio<br />

em que vive e po<strong>de</strong>r usar isto a seu favor foi crucial para que tantos homens pu<strong>de</strong>ssem investigar a<br />

natureza. Logo, para que possamos <strong>de</strong>spertar o mesmo sentimento em nossos alunos, <strong>de</strong>vemos levar estes<br />

a questionar e avaliar o seu cotidiano. Os métodos <strong>de</strong> ensino-aprendizado <strong>de</strong>ve então ser todo baseado e<br />

dirigido neste princípio.<br />

Apresentado por alguns autores <strong>de</strong> livros como Ricardo Feltre, e por algumas pesquisas para<br />

melhoria no rendimento escolar em busca <strong>de</strong> uma concentração voltada ao tema abordado, o uso <strong>de</strong><br />

quadrinhos e charges <strong>de</strong>monstra uma praticida<strong>de</strong> e eficácia total na emissão <strong>de</strong> uma mensagem.<br />

Trabalhando com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assimilação através <strong>de</strong> um referencial do cotidiano do educando, dá<br />

ferramentas necessárias para adaptação do conhecimento em busca dos objetivos <strong>de</strong> uma educação<br />

científica. Levando em consi<strong>de</strong>ração as teorias do construtivismo não radical, a criança trabalha com sua<br />

atenção voltada para aquilo que é concreto, e este método po<strong>de</strong> com simplicida<strong>de</strong> dar as primeiras noções<br />

<strong>de</strong> Ciências.<br />

Um dos objetivos <strong>de</strong> trabalhar com estas crianças na primeira infância é criar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já a<br />

responsabilida<strong>de</strong> pela preservação ambiental. Com histórias ilustradas po<strong>de</strong>mos explicar o ciclo do lixo e a<br />

vida útil <strong>de</strong> alguns materiais <strong>de</strong>ixados sem o <strong>de</strong>vido cuidado no ambiente on<strong>de</strong> estes indivíduos moram,<br />

tornando-o consciente do seu papel na socieda<strong>de</strong>.<br />

Os primeiros princípios <strong>de</strong> Química se contextualizados e <strong>de</strong>monstrados por mo<strong>de</strong>los concretos<br />

po<strong>de</strong>m ser entendidos <strong>de</strong> forma natural e com gran<strong>de</strong> assimilação. Tomando exemplo <strong>de</strong> uma obra<br />

chamada Introdução a Química, escrita por Jane Chisholm e Mary Johnson, publicada pela editora Lutécia<br />

em 1983, chama muita atenção quando leva o aluno a trabalhar a sua criativida<strong>de</strong> ao montar reações<br />

químicas com brinquedos <strong>de</strong> encaixe que simulam a valência dos elementos ensinando a teoria do octeto.<br />

UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.

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