apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
Construção do Saber Científico<br />
Romulo <strong>de</strong> Oliveira Pires¹ (IC) *, Thais Costa <strong>de</strong> Abreu² (IC).<br />
romulo_88@yahoo.com.br<br />
1. Licenciando em química pelo Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia do Rio <strong>de</strong> Janeiro e monitor do<br />
Programa Mais Educação – Secretaria Municipal <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Mesquita – RJ.<br />
2. Licencianda em química pelo Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia do Rio <strong>de</strong> Janeiro e bolsista <strong>de</strong><br />
Iniciação à Docência do Programa Institucional <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> Iniciação à Docência – CAPES/IFRJ.<br />
Palavras chaves: Educação <strong>de</strong> base, letramento científico.<br />
Resumo: Este projeto busca uma análise <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> ensino para a alfabetização científica, em uma<br />
discussão crítica do quadro geral brasileiro e dos conteúdos abordados. Dirigindo-se sempre aos objetivos<br />
dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Através <strong>de</strong> entrevista com alunos do Ensino Fundamental e Médio,<br />
enten<strong>de</strong>r a qual a importância da Química em suas concepções.<br />
Introdução<br />
Este trabalho surge a partir das experiências <strong>de</strong> dois <strong>de</strong> seus autores enquanto professores <strong>de</strong><br />
reforço escolar, ao se <strong>de</strong>pararem com dificulda<strong>de</strong>s simples <strong>de</strong>stes alunos em não compreen<strong>de</strong>rem o<br />
trabalho das Ciências Naturais em seu cotidiano. Após algumas explicações simplificadas <strong>de</strong> uma reação<br />
química, é possível ouvir “não é bem mais fácil quando o professor fala a nossa língua?”. Em cima <strong>de</strong>sta<br />
frase, pensou-se num projeto <strong>de</strong> tradução do linguajar acadêmico conservador para o diálogo popular<br />
<strong>de</strong>stes alunos. Levar estes indivíduos a compreensão <strong>de</strong> que a Química é a Ciência que trata das<br />
substâncias que compõem eles mesmos, que esta Ciência estuda a nossa relação com os componentes<br />
fundamentais do mundo, logo visualizarem sua aplicabilida<strong>de</strong> no dia-a-dia po<strong>de</strong> caracterizar sua<br />
importância.<br />
Propomos um levantamento <strong>de</strong> uma discussão quanto ao objetivo final <strong>de</strong>sta disciplina. Um<br />
levantamento também <strong>de</strong> Metodologias <strong>de</strong> Ensino, algumas já utilizadas com sucesso, na tentativa <strong>de</strong><br />
oferecermos novas ferramentas contra a <strong>de</strong>ficiência no Ensino <strong>de</strong> Base, uma vez já entendido que os<br />
métodos tradicionais <strong>de</strong> se ensinar Ciências são consi<strong>de</strong>rados por muitos estudantes como entediante e<br />
pouco proveitosos.<br />
Estas novas técnicas po<strong>de</strong>m ser utilizadas para criar nas salas <strong>de</strong> aulas brasileiras o “<strong>de</strong>spertar”<br />
pelo saber científico, levar os alunos a procurarem a iniciação científica. O primeiro contato com esta<br />
proposta po<strong>de</strong> causar em alguns profissionais certo receio <strong>de</strong> sua eficiência, na idéia <strong>de</strong> que se o método<br />
testado antes teve resultado positivo, ele <strong>de</strong>ve ser sempre aplicado, nunca permitindo a mudança, porém o<br />
ortodoxo jamais será diretamente proporcional a eficiência.<br />
Em princípio encontramos a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns professores <strong>de</strong> dar tanta importância ao conteúdo<br />
programático e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> manter sempre controle da turma que não é possível a estes visualizem o<br />
objetivo final da educação. Formar cidadãos críticos através do ensino <strong>de</strong> Ciências não ganha espaço no<br />
plano <strong>de</strong> aula, e gera o primeiro impasse para um aprendizado útil à socieda<strong>de</strong>. As Ciências Exatas sempre<br />
estiveram embotadas como o “bicho <strong>de</strong> sete cabeças” e que são as matérias mais difíceis <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, mas<br />
não facilita sua assimilação, se o muro da falta <strong>de</strong> interesse em se enten<strong>de</strong>r o porquê <strong>de</strong>sta temática é<br />
construído pelos profissionais que <strong>de</strong>veriam ser os facilitadores do conhecimento.<br />
Através <strong>de</strong> uma pesquisa ampla no quadro da educação brasileira e <strong>de</strong> uma busca pela opinião<br />
dos estudantes, tentaremos conciliar interesse e objetivo, para a formação <strong>de</strong> alunos conscientes e críticos.<br />
A Educação Brasileira<br />
Embora haja inúmeras leis, resoluções e <strong>de</strong>cretos que regulam a formação <strong>de</strong> professores, isto<br />
ainda parece não ser suficiente para elevar a educação, principalmente quando se fala <strong>de</strong> educação <strong>de</strong><br />
base. A baixa infra-estrutura impossibilita a apresentação <strong>de</strong> projetos educacionais maiores. Faltam<br />
bibliotecas, laboratórios <strong>de</strong> Ciência e <strong>de</strong> informática. De acordo com o INEP, meta<strong>de</strong> dos professores<br />
brasileiros trabalha sem biblioteca, quatro em cada cinco atuam em escolas sem laboratório <strong>de</strong> Ciências, e<br />
três em cada quatro professores estão em escolas que não possuem laboratório <strong>de</strong> informática. Na re<strong>de</strong><br />
pública o índice calculado em 2003 era <strong>de</strong> 55% <strong>de</strong> escolas com biblioteca, 26% <strong>de</strong> laboratório <strong>de</strong><br />
informática e apenas 20% com acesso a algum laboratório <strong>de</strong> Ciências.<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.