apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
específicas para discussão. Em 2004, o mesmo pô<strong>de</strong> ser observado quando o tema foi “As novas políticas<br />
educacionais e seus impactos no ensino <strong>de</strong> química”. Portanto, no período <strong>de</strong> 2000 a 2004, nota-se que,<br />
talvez, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> não existir uma abertura exclusiva para discussões sobre laboratório, o número <strong>de</strong><br />
<strong>trabalhos</strong> não foi tão relevante.<br />
Em contrapartida, a partir do ano <strong>de</strong> 2006, cujo tema central do evento era “Educação em Química<br />
no Brasil: 25 anos <strong>de</strong> ENEQ”, e no ano <strong>de</strong> 2008, “Conhecimento químico: <strong>de</strong>safios e possibilida<strong>de</strong>s da<br />
pesquisa e da ação docente”, foi <strong>de</strong>limitado o tema “Experimentação no Ensino”, abrindo um canal próprio<br />
para se tratar das questões <strong>de</strong> laboratório no ensino <strong>de</strong> Química e que trouxe um número expressivo <strong>de</strong><br />
<strong>trabalhos</strong>.<br />
Embora seja uma análise preliminar, po<strong>de</strong>mos antecipar que o volume <strong>de</strong> <strong>trabalhos</strong> está<br />
intimamente conectado ao que chamamos em outro lugar <strong>de</strong> “uma boa direção” (OLIVEIRA, 2005). Os<br />
textos <strong>de</strong>slocam-se pela busca do possível, <strong>de</strong> tornarem-se publicáveis, articulando-se <strong>de</strong>ssa forma a uma<br />
tentativa <strong>de</strong> estabelecer maneiras <strong>de</strong> concebê-lo enquanto discurso verda<strong>de</strong>iro no contexto do evento. No<br />
limite, a boa direção funciona tautologicamente como uma vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> acertar, <strong>de</strong> alcançar um resultado<br />
<strong>de</strong>sejado, <strong>de</strong>finido a priori e <strong>de</strong>ntro das condições <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s existentes, impulsionados pela<br />
perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda na organização dos eventos sob o acrônimo ENEQ.<br />
Realizada essa breve antecipação analítica, pautaremos nossa discussão na forma como se tem<br />
pensado a química <strong>de</strong> laboratório escolar a partir das teorias do currículo apontadas principalmente pelos<br />
<strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong> Peter McLaren (1997) e Tomaz Ta<strong>de</strong>u da Silva (2007), <strong>de</strong> acordo com as categorias analíticas<br />
estabelecidas: teorias tradicionais, críticas e pós-críticas.<br />
Dos quase trinta <strong>trabalhos</strong> analisados, aproximadamente quatro, abordam o laboratório como um<br />
local para confirmação <strong>de</strong> teorias. Vale ressaltar que <strong>trabalhos</strong> como este estão presentes, principalmente,<br />
nos dois primeiros encontros verificados (2000 e 2002).<br />
O objetivo <strong>de</strong>sta prática laboratorial foi a i<strong>de</strong>ntificação e quantificação dos compostos<br />
fluoretados ativos anti-cariostáticos, fluoreto e monofluorfosfato (MFP), através da análise<br />
por cromatografia iônica [...] Um relatório do experimento <strong>de</strong> grupo foi entregue ao professor<br />
[...]. (T 3-00)<br />
No caso exposto acima, evi<strong>de</strong>ncia-se o mo<strong>de</strong>lo proposto por Tyler (1974), quanto às divisões<br />
tomadas como tradicionais da ativida<strong>de</strong> curricular educacional: organização – ensino – avaliação. Desta<br />
forma, fica explícita a intencionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer os objetivos que se quer atingir, as experiências<br />
educacionais que serão ofertadas e a forma avaliativa que será utilizada para verificar se os objetivos foram<br />
ou não alcançados.<br />
Na maior parte dos <strong>trabalhos</strong> analisados, cerca <strong>de</strong> quinze, foi constatada uma preocupação com<br />
as questões técnicas, ou seja, em “como” fazer a ciência <strong>de</strong> laboratório, característica das teorias<br />
tradicionais do currículo. Conforme afirma Silva (2007, p. 16), “elas tomam a resposta à questão „o quê?‟<br />
como dada, como óbvia e por isso buscam respon<strong>de</strong>r a outra questão: „como?‟. Dado que temos esse<br />
conhecimento (inquestionável?) a ser transmitido, qual é a melhor forma <strong>de</strong> transmiti-lo?” Observe o<br />
seguinte excerto.<br />
Neste trabalho, apresenta-se procedimentos experimentais para <strong>de</strong>tecção da aci<strong>de</strong>z e<br />
substâncias estranhas presentes no leite, on<strong>de</strong> vários conceitos po<strong>de</strong>m ser trabalhados. (T<br />
7-06)<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.