apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
ombros largos, cor morena, olhos castanhos, cabelo crespos, porém sempre curtos. Como a maioria dos<br />
jovens da sua ida<strong>de</strong>, usava sempre calça jeans e tênis, sempre preocupado com suas disciplinas<br />
acadêmicas, voz suave, Testemunho do Jeová, trabalha meio período no DIA e meio período em uma loja<br />
<strong>de</strong> confecções na cida<strong>de</strong>, Olga, também aluna do curso <strong>de</strong> licenciatura em química, solteira, 24 anos,<br />
1,65m <strong>de</strong> altura, 58 kg, cor morena, olhos castanhos, cabelos crespos longos, evangélica, voz tímida,<br />
gostava <strong>de</strong> trabalhar ouvindo uma musica sacra. Veio <strong>de</strong> uma escola pública da periferia <strong>de</strong> Cambe e seus<br />
<strong>trabalhos</strong> eram coor<strong>de</strong>nados mais diretamente pela pesquisadora Sabrina, Professora do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />
Química, casada, 44 anos, 1,75 <strong>de</strong> altura, 75 kg, pela clara, loira, olhos azuis, sempre bem vestida, gostava<br />
<strong>de</strong> usar anéis, pulseiras e sempre sorri<strong>de</strong>nte.<br />
Figura 1: Interior do Laboratório DIA<br />
Logo que chegamos ao DIA, vimos as bancadas repletas <strong>de</strong> equipamentos e reagentes. Os<br />
equipamentos dispostos sobre as bancadas ao lado dos computadores, alguns trabalhadores com jaleco<br />
branco e outros sem, piso branco, venezianas nas janelas, pia ao lado <strong>de</strong> uma gela<strong>de</strong>ira, foi nesse<br />
ambiente que realizamos nosso trabalho.<br />
Durante o convívio <strong>de</strong> doze meses no laboratório, estabelecemos contatos com algumas pessoas<br />
que chamamos <strong>de</strong> informantes. Segundo Latour (1997), os informantes são entida<strong>de</strong>s que fornecem dados,<br />
subsídios. Porém, a responsabilida<strong>de</strong> da interpretação é <strong>de</strong> quem está analisando, sem se utilizar do que<br />
eles dizem para explicar o que eles fazem.<br />
Diante das observações realizadas, das anotações e das leituras, fomos selecionando e<br />
produzindo materiais, na busca por referenciais teórico-metodológicos que <strong>de</strong>ssem suporte ao que<br />
propúnhamos investigar. Do início da caminhada, até chegarmos a algumas análises, foi uma gran<strong>de</strong><br />
estrada, renunciamos a “alguns conceitos”, assumimos “outras abordagens”, enfim fizemos algumas<br />
rupturas que acabaram se configurando no que foi possível ver até este momento sobre o tema que<br />
coloquei em estudo.<br />
Porém, durante as investigações e influenciado pelas leituras <strong>de</strong> alguns autores, como Ellsworth,<br />
Hall, Latour, Lenoir, Wortmann, as nossas observações e os dados registrados se encaminharam para os<br />
conceitos mais gerais do processo da construção e do en<strong>de</strong>reçamento da tabela.<br />
Na construção do trabalho, fez-se necessário acompanhar e ficar atento a todos os gestos, atos,<br />
palavras e ações dos informantes. Como disse Oliveira (2005, p. 25), ao referir-se aos problemas da<br />
especificida<strong>de</strong> e contingência do campo, “nunca encontrei intersecções claras, articulações bem <strong>de</strong>finidas,<br />
mas sim uma re<strong>de</strong> enunciativa bastante complicada, da qual não pu<strong>de</strong> abstrair nada sem um intenso<br />
trabalho <strong>de</strong> recontextualização, <strong>de</strong> costuras teóricas <strong>de</strong> ensaios...”.<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.