apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
A construção <strong>de</strong> uma tabela periódica como artefato pedagógico: um<br />
estudo pela perspectiva cultural do modo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento.<br />
Ivo Aparecido Goulart¹ (PG)*, Moisés Alves <strong>de</strong> Oliveira 2 (PQ)<br />
¹<br />
Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ensino <strong>de</strong> Ciência e Educação Matemática/(UEL).<br />
ivag@utfpr.edu.br<br />
² Departamento <strong>de</strong> Química/Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ensino <strong>de</strong> Ciência e Educação<br />
Matemática. Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina (UEL) . moises@uel.br<br />
Palavras chave: tabela periódica, modo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento.<br />
Resumo: Este trabalho tem por objetivo fazer uma análise da construção <strong>de</strong> uma tabela periódica como um<br />
artefato pedagógico no laboratório <strong>de</strong> Química da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina (UEL), <strong>de</strong> acordo com<br />
os estudos culturais e <strong>de</strong> como seu modo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento está sendo estruturado para o público<br />
imaginado para a tabela.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Nesse trabalho procuramos fazer um estudo <strong>de</strong> caso acerca dos modos <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento<br />
(ELLSWORTH, 2001), empregados por um grupo <strong>de</strong> pesquisa do Laboratório <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong><br />
Instrumentação e Analítica (DIA), para construir uma tabela periódica interativa <strong>de</strong> química a ser implantada<br />
no Museu <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia da UEL.<br />
Buscamos inspiração teórica nos estudos críticos <strong>de</strong> cinema e educação, principalmente em<br />
Elizabeth Ellsworth (2001), nos estudos sobre museu realizados por Timothy Lenoir (2004), bem como em<br />
autores que realizaram seus estudos, em maior ou menor intensida<strong>de</strong>, na perspectiva dos estudos culturais<br />
das ciências, tais como Mattelart e Neveu (2004); Veiga-Neto (1996, 2002) e Wortmann (2001).<br />
Nossa intenção foi compreen<strong>de</strong>r quais são os meandros pelos quais os construtores navegaram<br />
para, ao produzirem a tabela em questão, acabarem lidando também com uma questão central para os<br />
processos educacionais, qual seja, estabelecer estratégias, imaginar, influenciar e orientar ações daqueles<br />
que serão os usuários interativos. A tabela, assim como os currículos escolares, os filmes e os museus são<br />
feitos para alguém, são produzidos e pensados para atingir um <strong>de</strong>terminado público, que em geral não está<br />
presente e não participa das <strong>de</strong>cisões acerca do que vai “consumir”. Como argumenta Ellsworth (2001), a<br />
maioria das <strong>de</strong>cisões sobre a narrativa estrutural – em nosso caso uma tabela periódica interativa -, seu<br />
acabamento e sua aparência são feitos tomando em conta pressupostos sobre “quem” são esses públicos,<br />
o que eles <strong>de</strong>sejam ou gostam, como eles interagem com o mundo informatizado, o que levam ou do que<br />
<strong>de</strong>vem levar em conta como condições culturais do momento.<br />
Sabe-se que o público nunca é (totalmente) quem o estagiário pensa que ele é, assim como não<br />
existe um único e unificado modo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento na tabela. A posição que o público “assume” em<br />
relação a uma tabela , e a partir da qual ele dá sentido à tabela e <strong>de</strong>la extrai prazer, muda drasticamente,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dos conflitantes modos <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento que possam estar disponíveis. Ellsworth (2001) diz<br />
que o modo <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento “consiste na diferença entre o que po<strong>de</strong>ria ser dito – tudo que é histórica e<br />
culturalmente possível e inteligível <strong>de</strong> se dizer – e o que é dito.” O espaço da diferença entre o<br />
en<strong>de</strong>reçamento e a resposta é um espaço social, formado e informado por conjunturas históricas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e<br />
<strong>de</strong> diferença social e cultural. O espaço da diferença entre o en<strong>de</strong>reçamento e a resposta é um espaço que<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.