apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
separam por revelação, ascese ou iluminação, mas por um jogo <strong>de</strong> forças <strong>de</strong> natureza política e social que<br />
produzem ao final uma suposta assimetria entre as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.<br />
A seguir, serão discutidas as diferentes teorias do currículo no que tange aos conceitos que<br />
empregam.<br />
TEORIA TRADICIONAL<br />
O termo currículo ganhou <strong>de</strong>staque a partir do papel que <strong>de</strong>sempenhou Franklin Bobbitt, ao<br />
elaborar o primeiro tratado <strong>de</strong> currículo - The curriculum (1918) - e, posteriormente, How make the<br />
curriculum (1924) em que procurou respon<strong>de</strong>r certas questões a respeito das finalida<strong>de</strong>s e dos contornos da<br />
escolarização <strong>de</strong> massas. Logo,<br />
Bobbitt propunha que a escola funcionasse da mesma forma que qualquer outra<br />
empresa comercial ou industrial. Tal como uma indústria, Bobbitt queria que o<br />
sistema educacional fosse capaz <strong>de</strong> especificar precisamente que resultados<br />
pretendia obter, que pu<strong>de</strong>sse estabelecer métodos para obtê-los <strong>de</strong> forma precisa<br />
e formas <strong>de</strong> mensuração que permitissem saber com precisão se eles foram<br />
realmente alcançados. (SILVA, 2007, p. 23)<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> currículo proposto por Bobbitt consolidou-se com a escrita do livro <strong>de</strong> Ralph Tyler,<br />
em 1949. Em seu livro, o currículo estava estreitamente relacionado com questões <strong>de</strong> organização e<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, seguindo, conforme Silva (2007, p. 25) a seguinte divisão tradicional <strong>de</strong> ensino: “currículo<br />
(1), ensino e instrução (2 e 3) e avaliação (4)”.<br />
Sendo assim, o currículo para a teoria tradicional procura ser neutro, científico, mecânico e<br />
<strong>de</strong>sinteressado, concentrando-se apenas em questões técnicas, no como fazer. Sua ênfase está voltada<br />
para a eficiência, produtivida<strong>de</strong>, organização e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
TEORIA CRÍTICA<br />
Em meio a muitos movimentos sociais e culturais que ocorreram na década <strong>de</strong> 60, surgiram as<br />
teorias críticas do currículo que realizaram inúmeras objeções à teoria tradicional no que tange ao seu<br />
pensamento e sua estrutura uma vez que seu mo<strong>de</strong>lo não se preocupava com questionamentos mais<br />
radicais, relacionados, por exemplo, aos arranjos educacionais existentes, às formas dominantes <strong>de</strong><br />
conhecimento, entre outros.<br />
Os muitos a<strong>de</strong>ptos da pedagogia crítica (Louis Althusser, Pierre Boudieu, Jean-Clau<strong>de</strong> Passeron,<br />
Michael Young, Basil Bernstein, Paulo Freire, Michael Apple, entre outros) estão comprometidos com os<br />
oprimidos, com os grupos subordinados e marginalizados, que habitam um mundo cheio <strong>de</strong> contradições <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r e privilégios. McLaren (1997, p. 192) afirma que a “pedagogia crítica não constitui um conjunto<br />
homogêneo <strong>de</strong> idéias. É mais correto dizer que os teóricos críticos estão unidos em seus objetivos:<br />
fortalecer aqueles sem po<strong>de</strong>r e transformar <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e injustiças sociais existentes”.<br />
Em suma, a teoria crítica surgiu para questionar e repensar o currículo tradicional. Para tanto,<br />
suas bases estiveram pautadas em estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos, sendo as idéias <strong>de</strong><br />
Marx muito presentes. Seus olhos estiveram voltados para um currículo como espaço <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, no qual a<br />
i<strong>de</strong>ologia dominante é soberana. A<strong>de</strong>mais, o currículo passou a ser visto como um espaço <strong>de</strong> emancipação<br />
e libertação.<br />
TEORIA PÓS-CRÍTICA<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.