apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />
Figura 1: Bloco dos laboratórios<br />
Figura 2: Laboratório <strong>de</strong> Química<br />
Fonte: Arquivo nosso<br />
Nossa principal informante 8 foi a professora Rosa, profissional que atuou como laboratorista no<br />
Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR durante 25 anos. Há quase 25 anos também é professora <strong>de</strong><br />
Química no estado do Paraná. Ingressou no C.E.E.P Professora Maria do Rosário Castaldi em 2004. Ela foi<br />
uma das responsáveis pela implantação do curso Técnico em Química no colégio, atuou como<br />
coor<strong>de</strong>nadora do curso no seu primeiro ano e tem auxiliado na organização e no funcionamento do<br />
laboratório que estudamos.<br />
As informações não vieram fáceis, encontramos ali uma trama um tanto complexa que nos exigiu<br />
e ainda exige um intenso trabalho <strong>de</strong> recortes, ensaios, recontextualização e costuras teóricas. Conforme<br />
afirma Oliveira (2008, p. 103),<br />
Fui percebendo que professores e alunos divagavam por pontos irrelevantes,<br />
pulavam partes inteiras <strong>de</strong> seus textos, saíam pela tangente, muitas vezes<br />
alterando <strong>de</strong>ambulatoriamente suas convicções. Foi preciso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado o<br />
professor e o aluno i<strong>de</strong>ais e trabalhar no laboratório com métodos que seguissem<br />
os movimentos dos eventos.<br />
Neste sentido, preten<strong>de</strong>u-se realizar uma pesquisa etnográfica <strong>de</strong> campo aberto. Este tipo <strong>de</strong><br />
pesquisa exige, além das tarefas essenciais <strong>de</strong> coleta, organização, interpretação, validação e comunicação<br />
“dos dados” que seu autor permaneça constante e criticamente atento a questões tais como a subjetivida<strong>de</strong>,<br />
os movimentos retóricos e os problemas da voz, po<strong>de</strong>r, política textual, limites à autorida<strong>de</strong>, asserções <strong>de</strong><br />
verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sejos inconscientes e assim por diante (GOTTSCHALK, 1999).<br />
Além disso, esta perspectiva <strong>de</strong>saloja o pesquisador <strong>de</strong> uma situação privilegiada e o coloca em<br />
uma posição ubíqua e simétrica. Esta idéia <strong>de</strong> simetria foi proposta por David Bloor em seu “Programa Forte<br />
<strong>de</strong> Sociologia” e Latour o aplica, <strong>de</strong> forma crítica, ao pesquisar, durante dois anos a produção científica em<br />
um laboratório <strong>de</strong> neuroendocrinologia no estado da Califórnia. (LATOUR & WOOLGAR, 1997)<br />
A partir do momento em que conseguimos nos aproximar da ciências,<br />
trabalhando-as em <strong>de</strong>talhe, é preciso <strong>de</strong>sfazer-se das noções habituais da<br />
sociologia. E forjar outras noções, por mais esquisitas que elas possam parecer. A<br />
noção <strong>de</strong> simetria implica, para nós, algo mais do que para Bloor: cumpre não<br />
somente tratar nos mesmos termos os vencedores e os vencidos da história das<br />
ciências, mas também tratar igualmente e nos mesmos termos a natureza e a<br />
socieda<strong>de</strong>. (LATOUR & WOOLGAR, 1997, p. 24)<br />
8 Os informantes, que no jargão antropológico tem o sentido <strong>de</strong> ir além daquilo que os entrevistados<br />
dizem <strong>de</strong> si mesmos, funcionam como uma espécie <strong>de</strong> agente duplo, <strong>de</strong> “agente secreto” para nos<br />
dar informações.<br />
UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.