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apresentações de trabalhos (completos/orais) - Universidade ...

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1º CPEQUI – 1º CONGRESSO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA.<br />

Uma re<strong>de</strong> é mais forte do que suas partes sozinhas. Os vínculos e os nós servem para<br />

homogeneizar este conjunto <strong>de</strong> materiais heterogêneos que constituem cada um dos circuitos apresentados<br />

aqui.<br />

À GUISA DE CONCLUSÃO<br />

A perspectiva por nós assumida traz contribuições, pois nos permite olhar para a ciência <strong>de</strong><br />

maneira diferenciada, como uma prática <strong>de</strong> mediação. Portanto, pensar a ciência como uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> atores<br />

é uma novida<strong>de</strong> no âmbito escolar e há muito que avançar nesta temática.<br />

De acordo com Oliveira (2006, p. 177)<br />

Bruno Latour não se preocupou, em suas análises, com as questões escolares.<br />

Esteve envolvido com gran<strong>de</strong>s laboratórios <strong>de</strong> pesquisa, no que ele chama <strong>de</strong><br />

tribo dos cientistas, e <strong>de</strong>dicou-se a <strong>de</strong>screver suas práticas como se estivesse<br />

<strong>de</strong>screvendo uma tribo exótica, contrapondo-se à idéia <strong>de</strong> que a ciência é um fato<br />

adquirido e inexpugável, <strong>de</strong> que o cientista se isola em seu laboratório e somente<br />

dali tira suas teorias e enunciados prontos como um mágico que tira o coelho da<br />

cartola. Sua contribuição foi justamente a <strong>de</strong> penetrar no interior <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong><br />

torre <strong>de</strong> cristal para checar e <strong>de</strong>screver, em primeira mão, minuciosamente, <strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> vem a idéia do po<strong>de</strong>r da ciência, dos métodos especiais dos cientistas, <strong>de</strong><br />

suas mentes privilegiadas e sair <strong>de</strong> lá convencidos <strong>de</strong> que, quando olhado no<br />

miudinho, todo o mito da força, do po<strong>de</strong>r da ciência, <strong>de</strong>saparece.<br />

Sendo assim, nosso objetivo não é utilizar dos circuitos propostos por Latour, que neste trabalho<br />

funcionaram como “categorias analíticas”, para verificarmos suas vantagens ou <strong>de</strong>svantagens. O que<br />

estamos tentando fazer é aproveitar <strong>de</strong>ssas idéias para compreen<strong>de</strong>rmos como um laboratório <strong>de</strong> uma<br />

escola média se traduz <strong>de</strong>ntro da re<strong>de</strong>, ou seja, estamos olhando o laboratório escolar com o intuito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>screver o que ali é feito, estudando melhor os jogos, as articulações e os convencimentos que ali são<br />

estabelecidos.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista metodológico, com relação aos episódios apresentados para problematizar cada<br />

um dos circuitos apresentados neste trabalho, corroboramos com a idéia <strong>de</strong> Latour (2001, p. 118) ao afirmar<br />

que “cada uma <strong>de</strong>ssas cinco ativida<strong>de</strong>s é tão importante quanto as outras, cada uma nutre-se <strong>de</strong> si mesma<br />

e das <strong>de</strong>mais”.<br />

Apesar <strong>de</strong> termos que recortar e resumir muito daquilo que aconteceu durante nossa estadia no<br />

campo, os excertos apresentados nos mostram um rico material para a compreensão das ações e<br />

manobras realizadas pela professora Rosa a fim <strong>de</strong> consolidar o laboratório. Po<strong>de</strong>-se perceber, também,<br />

que o processo <strong>de</strong> construção do conhecimento científico requer associações, negociações, alinhamentos,<br />

estratégias e competências para interligar o maior número <strong>de</strong> elementos que darão viabilida<strong>de</strong> à construção<br />

<strong>de</strong>ste conhecimento. A nosso ver, esta é uma forma que produz efeitos marcantes <strong>de</strong> educação científica.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ALDER, P.A; ALDER, P. Observational techniques. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y.S. (Eds). Handbook of<br />

qualitative research. Thousand Oaks, CA; Sage, p. 377-392, 1994.<br />

CALLON, M. The Sociology of an actor-network: the case of the electric vehicle. In: CALLON, M.; LAW, J;<br />

RIP, A. Mapping the dynamics of Science and technology. Sociology of science in the real world.<br />

London: The Macmillan, p. 19-34, 1986.<br />

UEL – 10 A 13 DE AGOSTO DE 2009.

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