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Livro CI 2008

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Termodinâmica e Complexidade em Sistemas Biológicos<br />

constante, contudo a quantidade de energia capaz de ser transformada em trabalho pode se<br />

alterar (tendendo a diminuir) com o passar do tempo (MONTEIRO & PIQUEIRA, 2000).<br />

Desta maneira, sempre que passamos de um estado de equilíbrio a outro (as transições do<br />

ciclo de Carnot, por exemplo), temos um aumento de entropia.<br />

Em sistemas isolados, ou seja, nos que não apresentam troca de calor com o meio,<br />

a entropia varia da seguinte forma:<br />

em processos reversíveis, não há variação (∆S=0);<br />

em processos irreversíveis, a entropia sempre aumenta (∆S>0).<br />

Em sistemas não isolados operando de maneira reversível a variação de entropia é<br />

dada por:<br />

,<br />

sendo dS a variação de entropia, ∂Q, a quantidade de calor transferida para o sistema e T,<br />

sua temperatura absoluta.<br />

Lembra da irreversibilidade da troca de calor? Se pensarmos que o mesmo calor que<br />

sai de um corpo com temperatura Ta é TRANFERIDO por outro corpo de temperatura Tb, ao<br />

olharmos bem a equação acima podemos notar que ∆S>0, fato típico de processos<br />

irreversíveis.<br />

Sendo assim, podemos concluir que ∆S (variação de entropia) está ligada à variação<br />

de calor em dada temperatura em cada um dos corpos do sistema:<br />

EM princípio, a definição de entropia de Clausius pode parecer estranha, mas esta<br />

entropia é a mesma que talvez você conheça de outra forma ou com outra representação,<br />

como as apresentadas a seguir.<br />

A maneira mais comum de se definir entropia é como sendo uma medida de (des)<br />

organização: quanto maior a entropia, menor a organização do sistema. Neste caso,<br />

assumimos que os sistemas caminham todos espontaneamente para um estado de maior<br />

“bagunça”, haja visto que a entropia sempre tende a aumentar (Figura 3).<br />

Entretanto, isto não se reflete em exatamente todos os sistemas existentes. Um<br />

exemplo bem interessante é o de uma solução supersaturada do sal tiossulfato de sódio<br />

que, espontaneamente, forma cristais bastante organizados espacialmente (MONTEIRO &<br />

PIQUEIRA, 2000), o que implica que seu estado de maior entropia é o de maior<br />

organização.<br />

Dessa forma, fica mais claro pensarmos que o aumento da entropia está relacionado<br />

a uma maior desordem estatística, mas não necessariamente a uma desorganização<br />

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