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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

• Análise rigorosa de hipóteses, com a implementação de controles e réplicas;<br />

• Minimização do efeito de deriva genética, pela manutenção de populações de grande<br />

tamanho;<br />

• Preservação dos organismos ancestrais (no caso de bactérias, com nitrogênio<br />

líquido) para mensuração de seu sucesso reprodutivo em direta competição com os<br />

descendentes.<br />

Os fisiólogos americanos Bennet e Lenski (1999) consideram que o diferencial dos<br />

estudos de seleção é sua habilidade de testar hipóteses gerais sobre padrões e<br />

conseqüências da adaptação evolutiva. Através dessa técnica, pode-se testar previsões<br />

sobre hipóteses gerais da fisiologia, como a existência de restrições e compromissos<br />

evolutivos, o surgimento de uma adaptação, além de haver a possibilidade de esmiuçar as<br />

vias fisiológicas envolvidas nas mudanças, identificando alterações nos mecanismos.<br />

A revolução conceitual e tecnológica que ocorreu na área de fisiologia evolutiva abriu as<br />

portas para o estudo de novas questões, fundamentais na fisiologia, de maneira rigorosa.<br />

Voltando à citação inicial de Darwin, percebemos que a idéia da seleção natural como único<br />

processo evolutivo perdurou por muito tempo (apesar do próprio Darwin admitir a existência<br />

de outros processos). Com a renovação conceitual e tecnológica a partir de 1970, a<br />

fisiologia evolutiva passou a enxergar outros processos evolutivos - como deriva genética,<br />

restrição e compromisso, e dar a devida importância a eles como agentes ou limites da<br />

evolução.<br />

Referências Bibliográficas<br />

Bradley, T and WE Zamer (1999) Introduction to the Symposium: What is Evolutionary Physiology?<br />

American Zoologist 39: 321-322.<br />

Garland T and PA Carter (1994) Evolutionary Physiology. Annual Review in Physiology 56: 579-621.<br />

Feder, ME, AF Bennet and RB Huey (2000) Evolutionary Physiology. Annual Review in Ecology<br />

and Systematics. 21: 315-341.<br />

Gould, SJ and RC Lewontin (1979) Tha sprandels os San Marco and the Panglossian paradigm:<br />

a critique of the adaptationist programme. Proceedings of the Royal Society of London B<br />

205: 581-598.<br />

Bennet, AF and RE Zamer (1999) Experimental Evolution and Its Role in Evolutionary<br />

Physiology. American Zoologist 39: 346-362.<br />

Revisado por José Eduardo Pereira Wilken Bicudo<br />

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