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Livro CI 2008

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Neurofisiopatologia<br />

em RNAm nem traduzidos em proteínas. Mutações nesses trechos parecem não ter efeito<br />

nas funções humanas. Assim, ao longo das gerações, desenvolvemos inúmeras mutações<br />

nesses trechos, ao ponto de termos um DNA único. Essa é a base da impressão digital de<br />

DNA: uma área única é chamada de “marcador”, e podem ter seqüências muito diferentes<br />

entre os indivíduos.<br />

Os principais estudos de genética molecular são os de associação e os de ligação. Os<br />

estudos de associação são feitos entre pessoas que têm e que não têm uma determinada<br />

doença, e que não possuem vínculo familiar (consangüineidade). É usado para saber se o<br />

DNA na região do gene transportador é diferente entre essas pessoas, se há polimorfismos<br />

nos acometidos que não ocorrem nos indivíduos sadios. Enzimas específicas “cortam” o<br />

DNA em determinadas seqüências de bases, e este é posteriormente colocado em gel e<br />

exposto a um campo elétrico. Os fragmentos mais curtos se deslocarão mais no gel que os<br />

mais compridos. Assim, examinam-se os padrões do gel dos dois tipos de indivíduos, para<br />

ver se existem polimorfismos diferentes.<br />

Na maioria das vezes, não se sabe exatamente onde está o gene de interesse, apenas<br />

que os polimorfismos em um marcador particular são diferentes nos dois grupos; ou não se<br />

sabe quais genes estão ao redor do marcador ou, ainda, podem-se saber quais genes estão<br />

em volta do marcador, mas não é possível identificar qual deles é o responsável pela<br />

modificação. A possibilidade de erro aleatório em estudos de associação é alta, e os estudos<br />

requerem muitas replicações antes que possam ser aceitos.<br />

Os estudos de ligação envolvem descendência e duas ou mais características<br />

associadas, para localizar os genes de interesse. Geralmente são usados marcadores cuja<br />

localização já é conhecida, pois poucos traços humanos podem ser usados em estudos de<br />

ligação. Além desta dificuldade, o estudo de ligação requer acesso não só ao indivíduo<br />

acometido, mas aos membros de sua família, preferivelmente por várias gerações, o que<br />

também não é fácil.<br />

Uma das mais importantes áreas da genética molecular envolve as chamadas<br />

seqüências regulatórias, seqüências específicas de bases que circundam genes e que são<br />

ativadas ou desativadas por fatores específicos de transcrição.<br />

Com a clonagem molecular, inúmeros novos receptores foram descobertos. É possível<br />

determinar e distribuir regionalmente a localização celular do RNAm de receptores, com<br />

grande especificidade, o que possibilita relacionar o local de transcrição dos receptores e<br />

seus sítios de ligação funcionais.<br />

O estudo da interação entre alterações gênicas e efeitos de fármacos também tem<br />

despertado interesse. Já se reconhece que a resposta do Sistema Nervoso a determinadas<br />

drogas pode decorrer da modificação da expressão gênica.<br />

Técnicas de biologia molecular são freqüentemente empregadas na investigação de<br />

sistemas neurais modificados por drogas. Os processos histoquímicos são usados para<br />

identificar componentes químicos de células e tecidos, utilizando corantes, tinturas e outras<br />

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