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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

limitação é causada por características implícitas a um órgão do sistema auditivo chamado<br />

cóclea, mais especificamente, por estruturas presentes em uma membrana, chamada<br />

membrana basilar, dentro da cóclea, que não vibram com sons abaixo de 20 Hz ou acima de<br />

20.000 Hz. Trataremos desse assunto com detalhes mais adiante.<br />

Em segundo lugar, porque diferentes freqüências têm diferentes propriedades quanto<br />

à propagação e reflexão. Freqüências de um até cerca de 100 Hz tem pouca reflexão,<br />

passando entre meios, como do ar para a terra diretamente e praticamente sem perda de<br />

energia. Tais freqüências implicam em consideráveis deslocamentos de massas de ar e,<br />

portanto, só podem ser produzidas por animais maiores. Por exemplo, sabe-se hoje que<br />

infra-sons (freqüências abaixo de 20 Hz) são utilizados por Tigres e Elefantes como forma<br />

de comunicação, que, no caso de elefantes, pode ser feita a quilômetros de distância.<br />

No outro extremo, os superagudos, freqüências acima de 10.000 Hz, têm<br />

comportamento extremamente direcional e reflexivo, características que se tornam ainda<br />

mais exacerbados nos ultra-sons, freqüências acima de 20.000 Hz. O melhor exemplo para<br />

tal característica são os morcegos, que tem faixa de audição começando em 10.000 Hz e<br />

indo até cerca de 120.000 Hz. Emitindo sons acima de 50.000 Hz, os morcegos podem<br />

perfeitamente voar no escuro total, conseguindo desviar dos obstáculos presentes em seu<br />

caminho. Eles utilizam-se do que chamamos de sonar: um mecanismo de ecolocalização<br />

baseado na percepção da posição de objetos no espaço pelo geração de um som e<br />

recaptura do mesmo após reflexão nas barreiras do ambiente.<br />

Por último, ressalta- se que os limiares de audição para as diferentes freqüências não<br />

Figura 2 – Limiares de audibilidade e dor (120 dB) para o<br />

ouvido humano em todo o espectro de audição. As curvas<br />

mostram a intensidade sonora necessária para a<br />

estimulação do aparelho auditivo humano de acordo com a<br />

freqüência.<br />

são iguais. A figura 2<br />

mostra como isso se<br />

comporta no homem.<br />

Note que é preciso<br />

pouco mais de zero<br />

dB para ser possível<br />

alguma<br />

s o n o r a<br />

percepção<br />

e m<br />

freqüências em torno<br />

de 2.000 Hz (faixa de<br />

freqüência altamente<br />

relacionada<br />

com<br />

nossa voz); no<br />

entanto, a percepção<br />

s o n o r a<br />

f r e q ü ê n c i a s<br />

d e<br />

t ã o<br />

baixas quanto no<br />

extremo de nossa<br />

6

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