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Livro CI 2008

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Cronobiologia<br />

N-acetiltransferase (AA-NAT), cuja expressão gênica varia ao longo do dia. Por fim, a NAS é<br />

metilada pela enzima hidroxindol-O-metiltransferase (HIOMT), formando a melatonina (figura<br />

2).<br />

Figura 2: Representação da via metabólica pela qual o aminoácido triptofano é convertido em<br />

melatonina. As enzimas que convertem o triptofano em serotonina, a triptofano hidroxilase 1 e a 5-<br />

hidroxitriptofano descarboxilase, possuem uma ampla distribuição no organismo, sendo a produção<br />

de serotonina muito maior nos tecidos neurais. As duas enzimas que convertem serotonina em<br />

melatonina possuem uma distribuição mais limitada. Retirado e adaptado de Reiter et al. (2000).<br />

Na fase de escuro, a atividade da enzima AA-NAT está aumentada em até 100 vezes<br />

em relação à fase de claro (fig. 3). Este aumento, no caso de mamíferos roedores, é devido<br />

ao aumento da transcrição gênica dessa enzima decorrente da sinalização intracelular<br />

iniciada pela ativação de receptores β-adrenérgicos. Já em ungulados e humanos, o que<br />

garante a presença rítmica desta enzima é o controle de sua degradação por proteassomas,<br />

sendo então sintetizada continuamente, porém, com menor degradação durante a fase de<br />

escuro (Stehle et al., 2001).<br />

A melatonina com função eferente, ou seja, sinalizadora para o organismo da fase de<br />

escuro ambiental do dia e do fotoperíodo do ano, é produzida principalmente pela glândula<br />

pineal. Dentre os vertebrados, existem alguns munidos de estruturas capazes de perceber e<br />

sinalizar as condições de claro e escuro ambiental, como a retina e a própria glândula<br />

pineal. Em alguns casos, a melatonina produzida na retina pode fazer a sincronização por si<br />

só, sem a interferência da pineal ou do NSQ. E na ausência da retina, certas espécies<br />

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