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Livro CI 2008

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Fisiologia, Conservação e Meio Ambiente<br />

As ChE são importantes nas funções neurais, tendo as AChEs função na<br />

desativação da acetilcolina na fenda sináptica, evitando o estímulo contínuo do neurônio, o<br />

que é vital para o funcionamento normal do sistema sensorial e motor. Em peixes somente<br />

AChE foi encontrada no cérebro, enquanto no músculo ambas são encontradas. A AChE é<br />

um biomarcador muito utilizado para diagnosticar a exposição a tóxicos anticolinesterásicos<br />

em peixes (Payne et al. 1996; Sturm et al. 2000; Rossi <strong>2008</strong>).<br />

3.1.4. Vitelogenina em peixes<br />

A vitelogenina (Vg) é uma lipoglicofosfoproteína, produzida no fígado sob a ação do<br />

hormônio estradiol, é essencial para formação de oócitos e para o desenvolvimento do<br />

embrião.<br />

O estradiol é produzido nos ovários de fêmeas sob a ação do hormônio folículo<br />

estimulante (FSH) (Baldisserotto 2002), por isso, em condições normais do ambiente<br />

somente as fêmeas apresentam Vg, entretanto, machos e animais imaturos sexualmente<br />

possuem toda a maquinaria genética para sintetizar a Vg, desta forma a detecção da Vg<br />

neste grupo de animais é comumente utilizada como biomarcador de esteróides<br />

xenobióticos.<br />

3.1.5. Micronúcleo Písceo<br />

Micronúcleos são caracterizados pela condensação de fragmentos cromossômicos<br />

acêntricos ou por cromossomos inteiros que não foram incluídos no núcleo principal durante<br />

a anáfase. Assim, o teste para a avaliação do micronúcleo é uma ferramenta qualitativa<br />

importante nos estudos da genética toxicológica, pois evidencia danos no DNA e quebra<br />

cromossômica, sendo muito utilizados como um sensível método para examinar a exposição<br />

de peixes a agentes genotóxicos (Al-Sabti 1991; Rossi <strong>2008</strong>).<br />

3.2. Histologia de Brânquias<br />

Através da análise morfológica e de efeitos em estruturas celulares e tecidual é<br />

possível identificar o potencial tóxico de um contaminante sobre um organismo. Uma análise<br />

histológica pode revelar a sensibilidade do organismo em relação ao agente químico, o<br />

tempo de exposição, quais os órgãos mais afetados, além de permitir a diferenciação de<br />

lesões causadas por doenças daquelas causadas por outros fatores ambientais como a<br />

exposição a poluentes (Domingos 2006; Rossi <strong>2008</strong>).<br />

Sendo assim, a histologia de brânquias é comumente utilizada como um importante<br />

biomarcador em peixes, já que essas estruturas estão em contato direto e constante com a<br />

água do meio, por desempenhar a função de respiração. Para a realização das trocas<br />

gasosas há a exposição de um sistema de capilares à água, o que torna o tecido branquial<br />

extremamente vulnerável em relação ao meio ambiente, como partículas de sedimentos,<br />

parasitas e xenobióticos (Rossi <strong>2008</strong>).<br />

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