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Livro CI 2008

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Evolução de Sistemas Fisiológicos<br />

filogeneticamente estruturada (Diniz-Filho, 2000), ou seja, o quanto a filogenia pode prever o<br />

fenótipo. Por sua simplicidade e plasticidade o método foi estendido para a análise de<br />

correlação de elementos fenotípicos em um contexto filogenético (Diniz-Filho et al, 1999,<br />

2000). O princípio é muito simples: se pudéssemos codificar a filogenia como um caracter<br />

contínuo poderíamos usar este caracter como uma variável preditora (independente) em<br />

uma análise simples de<br />

regressão (como na figura<br />

4). Assim teríamos<br />

valores esperados pela<br />

filogenia (na reta de<br />

tendência) e desvios<br />

desse valor esperado (os<br />

r e s í d u o s ) . A s s i m<br />

d e s d o b r a r í a m o s a<br />

variância fenotípica em<br />

d o i s f a t o r e s , u m<br />

filogenético, proveniente da estrutura filogenética, e outro específico (Diniz-Filho, 2000).<br />

Figura 6 - A filogenia pode ser interpretada como um conjunto de distancias par-a-par entre os taxa,<br />

formando uma estrutura hiperdimensional com n dimensões (A). Como não existe um sistema de<br />

coordenadas pré-definido, qualquer rotação desta hiperestrutura mantêm as relações de distância (B).<br />

Assim, usamos técnica de Coordenadas Principais (C) que cria n eixos de modo que o primeiro novo<br />

eixo resuma a maior parte da variação e todos os seguintes sejam ortogonais (com ângulo de 90º) a<br />

ele, resumindo cada vez menos variação, criando um sistema de coordenadas arbitrário (D).<br />

O primeiro passo é, então, codificar a filogenia em forma de caracter. Para tal<br />

utilizamos uma técnica análoga à técnica de Componentes Principais chamada<br />

Coordenadas Principais, que transforma a informação filogenética na forma de distâncias<br />

filogenéticas (medido de alguma forma, seja distancia molecular, seja numero de passos<br />

entre nós, seja numero de nós, etc) entre cada par de espécies (ver figura 6). Uma vez<br />

extraídos estes novos eixos e (conseqüentemente) novas variáveis que codificam a filogenia<br />

do grupo, tais variáveis podem ser usadas em uma análise de regressão múltipla, que difere<br />

da univariada por ter diversas variáveis preditoras. Na verdade, no caso de RAF, o que<br />

temos é uma única variável preditora complexa, a filogenia.<br />

Apesar de parecer mais complexa, a regressão múltipla pode ser visualizada de<br />

maneira idêntica à regressão univariada, apresentando valores previstos e resíduos<br />

(variação não explicada pelo modelo) (figura 4). Assim sendo, se somarmos todos os<br />

resíduos e dividirmos pela variância total, encontraremos uma porcentagem NÃO explicada<br />

pela RAF e, conseqüentemente, achamos a porcentagem que é de fato explicada. Em<br />

outras palavras, se seu resíduo compõem 13% da variância total, então quer dizer que seu<br />

modelo de regressão (o RAF) explica 87% da variância. Esta variância explicada é o que<br />

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