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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

sistema nervoso ao mesmo tempo.<br />

As lesões encefálicas causadas pela Esclerose Múltipla podem ser visualizadas<br />

através da Ressonância Magnética. Além disso, o líquor mostra aumento de imunoglobilinas<br />

e bandas oligoclonais. Contudo, o diagnóstico é elaborado principalmente com base na<br />

história clínica.<br />

Esclerose múltipla - Estudos recentes<br />

O fumo é um dos fatores considerados como risco para a Esclerose Múltipla. Os<br />

fumantes têm de 40 a 80% a mais de chance de desenvolver a doença que os não<br />

fumantes. Além disso, quando já existe diagnóstico de Esclerose Múltipla, pacientes<br />

fumantes têm cerca de três vezes mais risco de progredir para as formas mais graves da<br />

doença. A justificativa parece ser os radicais livres produzidos pelo fumo, que causam danos<br />

neuronais. Em indivíduos que já possuem mecanismo de lesão, este quadro pode ser<br />

potencializado.<br />

Existe, atualmente, estudo com Imagem do Tensor de Difusão e fascigrafia por<br />

Ressonância Magnéticaβ, que permitem analisar a integridade dos feixes de substância<br />

branca, o que fornece informações adicionais sobre a caracterização destes, em pacientes<br />

com Esclerose Múltipla, o que não é possível com as técnicas convencionais de<br />

Ressonância Magnética. A caracterização supracitada ainda está em fase de investigação e<br />

estudo, mas é uma técnica promissora no que diz respeito ao diagnóstico da doença.<br />

6.6. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)<br />

A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença progressiva limitada ao sistema motor<br />

voluntário, que destrói apenas os tratos ativadores laterais e as células do corno anterior da<br />

medula espinal (neurônio motor superior no cérebro, tronco encefálico e medula, neurônio<br />

motor inferior nas regiões medulares espinal e periférica), núcleos motores do tronco<br />

encefálico e córtex motor, causando sinais dos neurônios motores superior e inferior.<br />

A etiologia da doença ainda não foi esclarecida, e não existe, portanto, método<br />

laboratorial para o diagnóstico. Os exames feitos são apenas para exclusão de outras<br />

patologias, e o diagnóstico é feito baseando-se em achados clínicos, o que não permite<br />

prevenir a ocorrência da doença. Contudo, alguns exames podem auxiliar o diagnóstico,<br />

identificando algumas características histopatológicas (presença intraneuronal de ubiquitina,<br />

gliose reacional, alterações morfológicas de motoneurônios, neurônios atróficos com núcleo<br />

picnótico e presença de esferóides axonais).<br />

Os músculos são inervados por neurônios motores do corno ventral da medula espinal,<br />

ou neurônios motores inferiores, que comandam a contração e podem ser alfa ou gama. O<br />

motoneurônio alfa libera acetilcolina, que age em receptores nicotínicos da junção<br />

neuromuscular e produz potencial excitatório pós-sináptico e que gera abertura de canais de<br />

Na + voltagem-dependentes promovendo a despolarização dos túbulos T e a liberação de<br />

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