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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

3.1. Biomarcadores Bioquímicos<br />

3.1.1. Glutationa S-transferase<br />

A enzima Glutationa S-transferase (GST) é uma enzima que tem função em reações<br />

anabólicas sendo responsável por conjugar componentes eletrofílicos ou componentes<br />

vindos do processo de catabolismo como a glutationa reduzida (GSH) (Van Der Oost et al.<br />

2002).<br />

A GSH é formada pelos aminoácidos glicina, cisteína e glutamato, e atua como cofator<br />

para a GST, devido a este fato a atividade da GST está indiretamente associada ao<br />

estresse oxidativo, pois a utilização deste co-fator também tem relação com a degradação<br />

do peróxido de hidrogênio (H2O2) através da atuação da enzima Glutationa peroxidase<br />

(GPx).<br />

Portanto, a GST pode ser utilizada como biomarcador para taxas anabólicas e pela<br />

sua relação indireta com os processos de estresse oxidativo exige outros biomarcadores<br />

para este fim (Van Der Oost et al. 2002; Rossi, <strong>2008</strong>).<br />

3.1.2. Catalase<br />

A catalase é uma enzima intracelular, encontrada no peroxissomo, e tem a função de<br />

remover o peróxido de hidrogênio (H2O2), metabolizando-o em oxigênio (O2) e água (H2O) e<br />

por isso, é considerada um importante biomarcador (Van Der Oost et al. 2002).<br />

O peróxido de hidrogênio é uma espécie reativa de oxigênio (ERO), que assim como<br />

os radicais livres são formados durante o metabolismo oxidativo e de xenobiontes, no<br />

entanto, sob condições normais nosso organismo possui enzimas antioxidantes capazes de<br />

reparar 99% dos danos causados pela oxidação. Quando há um desequilíbrio entre a<br />

produção das espécies reativas de oxigênio e sua retirada pelo sistema de defesa<br />

antioxidante, permitindo um excesso das ERO, ocorre então, um processo denominado<br />

estresse oxidativo (Rossi <strong>2008</strong>).<br />

O estresse oxidativo é uma condição celular ou fisiológica de elevada concentração<br />

de ERO que causa danos às estruturas celulares, inativações de enzimas, peroxidação<br />

lipídica (LPO), danos de DNA, até a morte celular (Vancini et al. 2005).<br />

Muitos contaminantes ambientais (ou seus metabólitos) têm sido relatados por<br />

causar estresse oxidativo, portanto, a detecção da atividade de enzimas antioxidantes e a<br />

quantificação de componentes não enzimáticos são biomarcadores adequados para estas<br />

situações sobre os efeitos da oxidação e suas respostas adaptativas (Van Der Oost et al.<br />

2002).<br />

3.1.3. Acetilcolinesterase<br />

Existem dois tipos de colinesterases (ChE), as acetilcolinesterases (AChE) que são<br />

as de alta afinidade pela acetilcolina e as butirilcolinesterases (BChE) aquelas de baixa<br />

afinidade pela acetilcolina (Walker e Thompson 1991; Sturm et al. 2000).<br />

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