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Livro CI 2008

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Fisiologia do Comportamento<br />

Divergentes: são os circuitos que trabalham de maneira oposta aos circuitos<br />

convergentes. Em vez de concentrar as aferências, estas se projetam separadamente para<br />

diferentes neurônios. No caso do circuito divergente, o neurônio A possui uma aferência e se<br />

projeta para os neurônios B, C e D. A característica básica de um circuito divergente é o fato<br />

de que um neurônio iniciará respostas de maneira crescente em outros neurônios. Tais<br />

circuitos são encontrados nos sistema motores e sensoriais.<br />

Reverberantes: o sinal de aferência é transmitido ao longo de uma série de neurônios<br />

e cada um destes fará sinapses com neurônios de uma porção da via previamente<br />

percorrida. O impulso reverbera sendo enviado ao longo do circuito continuamente até que<br />

um neurônio seja inibido. Então, uma aferência no neurônio A se projeta para o neurônio B,<br />

que se projeta para o neurônio C e então para o D e este se projeta de volta para o neurônio<br />

A (ou para o B) e o ciclo se repete até que um neurônio (que pode ser tanto A, quanto B, C<br />

ou D) seja inibido. Circuitos reverberantes estão envolvidos no ciclo de sono-vigília,<br />

atividades motoras e memórias de longa duração.<br />

Circuitos podem funcionar paralelamente ou serialmente. No funcionamento paralelo,<br />

sinais aferêntes são separados em vias distintas e as informações são analisadas de<br />

maneira analítica concomitantemente no tempo. Por exemplo, o sistema visual funciona em<br />

vias paralelas que processam a informação neural de forma simultânea e integrada. Sinais<br />

representando cores, movimento, forma e localização, por exemplo, são processados<br />

simultaneamente em diferentes regiões do encéfalo. Atividades concomitantes (e<br />

sincronizadas) nas vias visuais dorsal e ventral (que são anatomicamente distintas) são<br />

responsáveis pela percepção unitária da imagem. No funcionamento serial, os resultados do<br />

processamento de um circuito são necessários para que o próximo circuito possa contribuir<br />

para o processamento. Isto é, um neurônio estimula outro neurônio, que por sua vez<br />

estimula outro neurônio e assim por diante. Um exemplo clássico de processamento serial é<br />

o arco reflexo. Um arco reflexo produz uma reação involuntária rápida, na maioria das vezes<br />

inconsciente, que protege o organismo, sendo originado a partir de um estímulo externo que<br />

gera uma resposta antes mesmo do indivíduo tomar conhecimento da existência do estímulo<br />

periférico, e conseqüentemente, antes deste poder comandá-la voluntariamente. Muitos<br />

reflexos motores são controlados por neurônios localizados na substância cinzenta da<br />

medula espinhal e do tronco encefálico (incluindo bulbo, ponte e mesencéfalo),<br />

independentemente da vontade, como por exemplo:<br />

• a retirada imediata da mão de uma panela muito quente;<br />

• extensão da perna após a percussão e estiramento do tendão patelar;<br />

• fechamento da pupila com o aumento da intensidade luminosa;<br />

• aumento da secreção gástrica com a chegada do alimento no estômago.<br />

Desta maneira, o reflexo gera uma reposta involuntária do organismo a um<br />

determinado estímulo (dor, estiramento, aumento da intensidade luminosa, variações da<br />

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