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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

Atualmente sabe-se, que uma ampla variedade de estressores pode induzir o<br />

aumento na síntese destas proteínas, mas além das HSPs, as metalotioneínas podem ser<br />

incluídas como proteínas cuja síntese aumenta na presença de contaminantes metálicos<br />

(Pedersen et al. 1997).<br />

A presença de xenobióticos impõe sobre as células a necessidade de se ativar<br />

mecanismos de desintoxicação, neste caso, as respostas biológicas dependem da<br />

conversão do xenobiótico em uma substância (metabólito) inofensiva, ou com menor<br />

toxicidade (biotransformação) sempre com a finalidade primordial de eliminação do<br />

metabólito resultante. Entretanto, nem sempre os xenobióticos tornam-se inativos, pois<br />

algumas vezes sua toxicidade se eleva (bioativação) podendo-se observar danos ao DNA<br />

(Franco & Franco 2003).<br />

As reações de biotransformação são catalisadas por enzimas distribuídas em todo<br />

organismo. Entre este grupo de enzimas, existem as enzimas microssomais, que se<br />

localizam predominantemente na superfície do retículo endoplasmático liso e constituem as<br />

monoxigenases de função mista, ou o sistema citocromo P450, que possui importantes<br />

funções metabólicas, além de ser aquele que primeiro apreende e inativa vários<br />

xenobióticos no organismo (Franco & Franco 2003).<br />

Os efeitos causados por poluentes e pelas mudanças ambientais afetam muitos<br />

ecossistemas terrestres e marinhos. Estes efeitos, quando persistentes, estendem-se além<br />

das conseqüências de estresse celular e acabam alcançando conseqüências fisiológicas e<br />

ecológicas muitas vezes irreversíveis. A análise de diferentes biomarcadores celulares,<br />

apresentados pelos organismos como resposta a agentes estressores, constitui um elo<br />

importante para a conservação das espécies neste período de profundas mudanças<br />

impostas pelo homem sobre toda a biosfera.<br />

Referências Bibliográficas<br />

Franco YO & Franco LM (2003). Biotransformação: Importância e toxicidade. Saúde em revista (5):<br />

69-76.<br />

Gille G & Sigler K (1995). Oxidative stress and living cells. Folia Microbiologica (40): 131–152.<br />

Yu BP (1994). Cellular defenses against damage from reactive oxygen species. Physiological Reviews<br />

(74): 139–169<br />

Endicott JA & Ling V (1989). The biochemistry of P-glycoprotein mediated multidrug resistance.<br />

Annual Review of Biochemistry (58): 137–171.<br />

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Biology (8): 67–113.<br />

Toomey BH & Epel D (1993). Multidrug resistence in Urechis caupo embryos: protection from<br />

environmental toxins. The Biogical Bulletin (185): 355–364.<br />

Pedersen SN; Lundebye AK & Depledge MH (1997). Field application of metallothionein and stress<br />

proteinbiomarkers in the shore crab (Carcinus maenas) exposed to trace metals. Aquatic<br />

Toxicology (37): 183-200.<br />

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