01.03.2015 Views

Livro CI 2008

Livro CI 2008

Livro CI 2008

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

V Curso de Inverno<br />

ao fato de que se assemelham parcialmente com a estrutura tridimensional dos estrógenos<br />

verdadeiros e então se encaixa imperfeitamente ao receptor. Poucas moléculas mimetizante<br />

de estrógenos realmente engatilham a cascata dos efeitos estrogênicos, na qual<br />

normalmente resulta da exposição estrogênica e então os efeitos globais são alterados.<br />

Entretanto, contaminantes ambientais antiestrogênicos podem agir como<br />

antagonistas fracos nos ER, se ligando irreversivelmente, bloqueando a ação natural dos<br />

agonistas estrogênicos, enfraquecendo a ação do hormônio.<br />

Duas formas diferentes de ER têm sido identificadas em mamíferos e possivelmente<br />

mais formas ocorrem em outras espécies de peixes. Um ER testicular possui maior<br />

afinidade do que o ER do fígado para estrógenos e xenoestrógenos, mostrando que tecidos<br />

diferentes podem então ter diferente suscetibilidade à disrupção endócrina.<br />

Os possíveis efeitos dos disruptores endócrinos em alguns vertebrados marinhos,<br />

como os predadores de topo de cadeia trópica, representam uma preocupação séria,<br />

principalmente em áreas como o Mar Mediterrâneo, caracterizado pelo alto impacto de<br />

contaminantes e troca limitada de água. Neste ambiente peculiar, os predadores de topo de<br />

cadeia trófica, como peixes pelágicos e mamíferos marinhos tendem a acumular grandes<br />

quantidades de contaminantes organoclorados e metais pesados. Os níveis desses<br />

compostos no golfinho riscado (Stenella coeruleoalba) são da ordem de magnitude de 1-2<br />

maior do que nos golfinhos da mesma espécie do Atlântico e do Pacífico. Isso demonstra<br />

que espécies importantes para o ecossistema aquático como os predadores de topo estão<br />

potencialmente “em risco” devido aos disruptores endócrinos contaminantes (Goksǿyr et al.<br />

2003).<br />

Referências Bibliográficas<br />

Baldisserotto B (2002). Fisiologia de peixes aplicada à piscicultura (Rio Grande do Sul, Ed. UFSM).<br />

Cyr D G & Eales J G (1996). Interrelationships between thyroidal and reproductive endocrine system<br />

in fish. Reviews in Fish Biology (6):165-200.<br />

Goksǿyr A; Aruke A; Larsson J; Cajaraville M P; Hauser L; Nilsen B M; Matthiessen P & Lowe D<br />

(2003). Molecular/Cellular Process and the Impact on Reproduction. Em: Effects of<br />

Reproduction on Fish, eds Lawrence AJ & Hemingway KL (Blackwell Science, Australia).<br />

Kobayashi M; Aida K & Hanyu I (1989). Involvement of steroid hormones in the preovulatory<br />

gonadotropin surge in female goldfish. Fish Physiology and Biochemistry (67): 24-32.<br />

Mozeto AA & Zagatto PA (2006). Introdução de agentes químicos no ambiente. Em: Ecotoxicologia<br />

Aquática: Princípios e Aplicações, eds Zagato PA & Bertoletti E (Rima, São Carlos) pp 15-38.<br />

Norris D O (1997). Vertebrate Endocrinology. Academic Press, Inc. San Diego, USA.<br />

Peter R E & Yu K L (1997). Neuroendocrine regulation of ovulation in fishes: basics applied aspects.<br />

Reviews in Fish Biology (7): 173-197.<br />

Randall D; Burggren W; French K (2000). Eckert Fisiologia Animal: mecanismos e Adaptações.<br />

Guanabara Koogan. 4° edição. Rio de Janeiro.<br />

84

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!