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Livro CI 2008

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Fisiologia, Conservação e Meio Ambiente<br />

A desinfecção pelo cloro é outro processo dependente do pH. Em meio ácido, a<br />

dissociação do ácido hipocloroso formando hipoclorito é menor, sendo o processo mais<br />

eficiente. A própria distribuição da água final é afetada pelo pH. Sabe-se que as águas<br />

ácidas são corrosivas, ao passo que as alcalinas são incrustantes. Por isso o pH da água<br />

final deve ser controlado, para que os carbonatos presentes sejam equilibrados e não ocorra<br />

nenhum dos dois efeitos indesejados mencionados. O pH é padrão de potabilidade,<br />

devendo as águas para abastecimento público apresentar valores entre 6,5 e 8,5, de acordo<br />

com a Portaria 1469 do Ministério da Saúde.<br />

No tratamento físico-químico de efluentes industriais muitos são os exemplos de<br />

reações dependentes do pH como por exemplo:a precipitação química de metais pesados<br />

ocorre em pH elevado juntamente coma oxidação química de cianeto e o arraste de amônia<br />

convertida à forma gasosa, já a redução de cromo hexavalente à forma trivalente ocorre em<br />

pH baixo; como também a oxidação química de fenóis ea quebra de emulsões oleosas<br />

mediante acidificação; etc. Desta forma, o pH é um parâmetro importante no controle dos<br />

processos físico-químicos de tratamento de efluentes industriais.<br />

Constitui-se também em padrão de emissão de esgotos e de efluentes líquidos<br />

industriais, tanto pela legislação federal quanto pela estadual. Na legislação do Estado de<br />

São Paulo, estabelece-se faixa de pH entre 5 e 9 para o lançamento direto nos corpos<br />

receptores (artigo 18 do Decreto 8486/76) e entre 6 e 10 para o lançamento na rede pública<br />

seguida de estação de tratamento de esgotos (artigo 19-A do Decreto 8486/76).<br />

Águas piscosas devem apresentar pH acima de 6, porém por volta de 9, iniciam-se<br />

os limites letais para várias espécies. Já as águas tidas como ácidas fazem com que peixes<br />

apresentem aumento da freqüência respiratória, sinal evidente da baixa disponibilidade de<br />

O2, selecionando e fazendo prevalecer espécies persistentes. Variações bruscas de pH<br />

ocasionam morte de larvas de camarão, girinos e alevinos. Em pH 8.3 se observa maior<br />

mortandade de girinos/rãs de até 97% do que em pH 7.2 (10%) e que em águas de pH<br />

menor que 4.2 anormalidades se desenvolver em girinos.<br />

Em sistemas aquáticos o pH varia ao longo do dia e nas diferentes camadas de<br />

liquido, prevalecendo nas superfícies valores elevados. Durante as primeiras horas do dia<br />

os valores de pH são menores, tornando-se mais elevados entre as horas de maior<br />

incidência de sol. Durante a noite o pH volta a declinar. O pH e por extensão a temperatura<br />

e oxigênio dissolvido (o oxigênio proveniente da atmosfera se dissolve nas águas naturais,<br />

devido a diferença de pressão parcial. Este mecanismo é regido pela Lei de Henry, que<br />

define a concentração de saturação de um gás na água, em função da temperatura) estão<br />

intimamente ligados a toxicidade da amônia, ou seja, em pH elevado uma grande<br />

porcentagem da amônia total se converte na forma mais tóxica (não ionizada).<br />

Em pH baixo, menos que 1% da amônia total esta sob a forma não ionizada (NH3);<br />

já com pH 8 cerca de 5 a 9% e, em pH 9 de 30 a 50% estando a 80-90% de amônia<br />

ionizada quando em pH 10. A amônia (NH4) se torna cada vez mais tóxica quanto mais alto<br />

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