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Livro CI 2008

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Neurofisiopatologia<br />

mielina de axônios periféricos, produzida por células de Schwann, que permite recuperação<br />

após lesões pela ausência deste componente bloqueador.<br />

Os microgliócitos ramificados possuem corpo pequeno, alongado e com poucos<br />

prolongamentos; em sua forma original, não se proliferam nem atuam em processos<br />

patológicos. Já os microgliócitos amebóides, que também possuem corpo pequeno e<br />

poucos prolongamentos, têm atividade fagocítica e se proliferam bastante na presença de<br />

agressões e traumas do Sistema Nervoso Central. Se houver necessidade, monócitos<br />

sangüíneos podem entrar no tecido nervoso e se transformar em microgliócitos amebóides,<br />

assim como microgliócitos ramificados podem ser ativados, se proliferar e assumir forma<br />

amebóide.<br />

2.3. Transmissão de informações<br />

A transmissão de informações entre neurônios acontece através de sinapses, que<br />

podem ser elétricas ou químicas. As sinapses elétricas existem principalmente em neurônios<br />

imaturos e gliócitos adultos, e sua estrutura é denominada junção comunicante, uma região<br />

na qual duas células se aproximam e suas membranas ficam separadas por um espaço<br />

muito pequeno (cerca de 3 nm). Nesta região, as membranas possuem canais iônicos<br />

especiais, formados por subunidades protéicas idênticas e capazes de se acoplarem<br />

quimicamente para formar poros que permitem a passagem de íons e pequenas moléculas,<br />

de uma célula para outra. É uma transmissão muito rápida, pois não utiliza intermediários<br />

químicos. As informações transmitidas por sinapses elétricas não são modificadas entre<br />

uma célula e outra, e geralmente passam nos dois sentidos (entram e saem), embora<br />

existam as junções retificadoras – que permitem a passagem da corrente elétrica em<br />

apenas uma direção.<br />

As sinapses químicas existem entre neurônios adjacentes de uma região<br />

especializada, permitindo o contato por contigüidade. A estrutura é conhecida como fenda<br />

sináptica e é bem maior que as junções comunicantes (cerca de 20nm). O espaço entre<br />

uma membrana e outra é preenchido por matriz protéica adesiva que favorece a fixação e a<br />

difusão de moléculas entre elas. A região sináptica da primeira célula é chamada elemento<br />

pré-sináptico e é igualmente um terminal axônico. O elemento pós-sináptico, região<br />

sináptica da segunda célula, é geralmente um dendrito (Figura 13).<br />

O terminal pré-sináptico tem como característica mais marcante a presença de<br />

vesículas que se aglomeram nas proximidades da membrana, e de grânulos secretores,<br />

esferas maiores com material elétron-denso, além de zonas de ativação. O potencial de<br />

ação chega ao axônio pré-sináptico e causa liberação de substâncias na fenda sináptica.<br />

Esta substância, armazenada nas vesículas, é o neurotransmissor, que se difunde até a<br />

membrana pós-sináptica e gera novamente um potencial de ação. Estas conversões de<br />

informação permitem que exista modificação durante o trajeto. Quem realiza estas<br />

modificações são os neuromoduladores, presentes em quase todas as sinapses.<br />

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