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Livro CI 2008

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V Curso de Inverno<br />

3.4.3. Adrenalina<br />

Neurônios adrenérgicos contêm a enzima feniletanolamina N-metil-transferase, que<br />

converte noradrenalina em adrenalina. Além de servir como neurotransmissor no encéfalo, a<br />

adrenalina é liberada pela glândula adrenal para a circulação sangüínea, e atua em<br />

receptores no corpo todo, produzindo resposta visceral coordenada.<br />

3.5. Serotonina<br />

Em humanos, a serotonina tem sido associada à depressão, ansiedade,<br />

comportamento agressivo, obesidade e outros distúrbios de alimentação, enxaqueca,<br />

disfunção sexual e dor crônica. É derivada do aminoácido triptofano. Neurônios<br />

serotonérgicos existem em menor quantidade.<br />

3.6. Fatores de crescimento<br />

São peptídeos que transmitem sinais para os neurônios via receptor de tirosina<br />

quinase. Podem ser produzidos por células gliais ou pelos próprios neurônios. Participam do<br />

desenvolvimento, divisão e crescimento neuronal e ajudam a prevenir a morte da célula. As<br />

neurotrofinas são fatores de crescimento que apóiam a diferenciação e sobrevivência de<br />

conjuntos específicos de neurônios. Entre elas estão: o fator de crescimento nervoso (NGF),<br />

o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e as neurotrofinas 3 e 4/5. Todas podem ser<br />

liberadas de qualquer lugar no cérebro.<br />

4. Gênese e diferenciação<br />

Toda célula ectodérmica tem potencial para se transformar em neurônio, a chamada<br />

neuralização. O ectoderma tem proteínas que bloqueiam o desenvolvimento neural<br />

(proteínas morfogenéticas – BMPs – subgrupo dos fatores tróficos transformantes – TGFs).<br />

Quando um neurônio pára de se dividir, torna - se um “neurônio juvenil” e migra se<br />

arrastando através de prolongamentos lançados pela membrana (Figura 20).<br />

A notocorda produz proteína que se difunde no sentido dorsal pelo tubo neural,<br />

reconhecida pelas células juvenis que emitem sinais intracelulares capazes de modificar a<br />

expressão gênica. O sinal varia com a concentração desta proteína – perto da “fonte” (mais<br />

ventral) as células do tubo neural se transformam em motoneurônios. Mais distante, as<br />

células se transformam em interneurônios e reconhecem diferentes BPMs, e podem se<br />

transformar em diferentes tipos de neurônios, de acordo com o tipo de BMP.<br />

Fatores indutores e morfogenéticos mesodérmicos atuam no SNC embrionário<br />

ativando genes homeóticos distintos em diferentes lugares, que sintetizarão proteínas<br />

responsáveis pela diferenciação celular, permitindo o aparecimento de diferentes núcleos.<br />

Durante a migração, o neurônio juvenil pode emitir um axônio que cresce numa certa<br />

direção (célula alvo) e estabelece contatos especializados. O axônio surge como um<br />

prolongamento do corpo celular, forma um cone de crescimento na extremidade, com actina<br />

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