01.03.2015 Views

Livro CI 2008

Livro CI 2008

Livro CI 2008

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

V Curso de Inverno<br />

concentrações chegam a ser de duas a três vezes maiores do que as concentrações da<br />

melatonina noturna no sangue, porém, sua origem ainda é desconhecida.<br />

Apesar de a melatonina extra-pineal não contribuir para a ritmicidade plasmática<br />

deste hormônio, pode contribuir para diversos efeitos parácrinos e/ou autócrinos, permitindo<br />

a efetuação de ações que exigem altas concentrações de melatonina. De fato, a<br />

concentração noturna máxima de melatonina no plasma em mamíferos está na faixa de pM<br />

– nM e ações dependentes da produção extra-pineal são observadas em concentrações<br />

maiores, na faixa de µM – mM. Dentre os efeitos parácrinos, podemos citar a melatonina<br />

produzida pela retina, que participa do processo de adaptação para a visão noturna, ou<br />

então a melatonina produzida por células imunocompetentes, que pode atuar sobre<br />

processos inflamatórios ou exercer atividade antibiótica (Tekbas et al, 2007).<br />

A melatonina pode atuar de diversas formas: ativando receptores específicos<br />

localizados na membrana de diversos tipos celulares ou então interagindo diretamente com<br />

alvos intracelulares, já que se trata de uma molécula lipofílica com alta capacidade de<br />

entrada nas células. Com relação ao primeiro caso, sabe-se que a melatonina se liga com<br />

alta afinidade (pM a nM) a receptores clássicos de membrana (MT1, MT2 e Mel1c) que<br />

pertencem à família de receptores de sete domínios transmembrânicos acoplados à proteína<br />

G.<br />

Os receptores MT1 e MT2 podem ser encontrados em mamíferos, anfíbios, peixes e<br />

aves, enquanto o receptor Mel1c pode ser encontrado em todas estas classes, com exceção<br />

dos mamíferos. Os mecanismos de ação destes receptores são dependentes do local em<br />

que se encontram, apresentando uma grande variedade de mecanismos descritos (figura 5).<br />

A ligação da melatonina a receptores intracelulares tem sido sugerida em alguns<br />

modelos como, por exemplo, células mononucleares do sangue periférico. De maneira geral,<br />

acredita-se que exista um “sítio receptor” (MT3) para a melatonina, muito provavelmente<br />

constituído pela enzima quinona redutase II, que atue como um receptor intracelular (figura<br />

6).<br />

154

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!