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generalizados entre determinado grupo (Laraia, 2007) –<br />

nesses três países. Mais especificamente, escolhemos enfocar<br />

o aspecto da visualidade, e sua crescente centralidade,<br />

nessas três culturas.<br />

Palavras-chave: Aparência; Cultura; Visualidade;<br />

Globalização; Brics.<br />

Adiscussão proposta neste capítulo retoma uma série de questões<br />

já trabalhadas num texto com Lívia Barbosa, intitulado A cultura<br />

do outro: interculturalidade e dialogia nas organizações (Barbosa<br />

e Veloso, 2009). Naquele texto, explorávamos como se coloca, na gestão<br />

intercultural, a questão do “outro”. Utilizávamos o termo “o outro” no<br />

mesmo sentido da antropologia tradicional, ou seja, qualquer membro,<br />

ou grupo de membros, de uma cultura diferente daquela à qual pertence<br />

o sujeito a partir de quem se está falando ou observando (o “eu”, na fala<br />

da antropologia tradicional). Naquela pesquisa, enfocamos relações entre<br />

pessoas de diferentes culturas no ambiente de trabalho das grandes<br />

empresas transnacionais, do ponto de vista dos gestores responsáveis<br />

por equipes multiculturais. A partir de entrevistas com executivos ou<br />

funcionários de alto escalão de diferentes nacionalidades, tentávamos<br />

compreender como aqueles executivos enxergavam, e lidavam com, funcionários<br />

de nacionalidades diferentes das suas.<br />

Já a pesquisa sobre cultura, aparência e visualidade no grupo<br />

Brics mantém o foco na questão da interculturalidade, mas insere-a<br />

numa tentativa mais ampla de teorização sobre quais são os parâmetros<br />

a partir dos quais se constrói interculturalidade num mundo onde o<br />

contato entre culturas já é tomado como dado. Com a crescente importância<br />

do grupo Brics no cenário global, a questão da cultura se tornou<br />

ainda mais premente. Nas primeiras discussões acadêmicas sobre globalização,<br />

ainda na década de 1990, muitos assumiam que os modelos<br />

culturais a partir dos quais se produzia globalização eram sempre os<br />

países ricos do Hemisfério Norte, de onde se “irradiaria” a globalização 2 .<br />

2<br />

Cf. Harvey (1990).<br />

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