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(Exame.com, 04/02/2015) criou-se um conflito de comunicação, uma<br />

vez que os tamales fazem parte da culinária tradicional e do rito religioso<br />

de oferenda à santa mexicana Nossa Senhora da Candelária. A empresa<br />

publicou uma nota de desculpas, mas foi alvo de críticas e polêmicas<br />

que repercutiram internacionalmente. Nesse exemplo, fica evidente que<br />

não basta conhecer a cultura local; é preciso compreender sua dinâmica<br />

e ter sensibilidade (Finuras, 2007) e empatia (Rodrigo Alsina, 2004,<br />

2015) em relação ao outro. Para Finuras (2007, p. 169), “a sensibilidade<br />

às diferenças culturais constitui um fator crítico na adaptação a outra(s)<br />

cultura(s) e à gestão da própria carreira e das missões internacionais ou<br />

em contextos multiculturais”.<br />

Desse exemplo e a partir das reflexões realizadas anteriormente,<br />

sugerimos dois importantes eixos que precisam ser considerados na<br />

gestão da comunicação intercultural das organizações multinacionais:<br />

1) Conhecer – O conhecimento é a base para a tomada de decisões<br />

éticas e também é uma das primeiras formas de evitar<br />

preconceitos, discriminação e abordagens estereotipadas da<br />

realidade. Conhecer sua própria cultura, assim como os processos,<br />

estruturas e pessoas que atuam na organização é essencial.<br />

A informação é a base do conhecimento cognitivo. Essa informação<br />

pode ser obtida por meio de pesquisas teóricas e empíricas,<br />

que são essenciais para evitar os mal-entendidos e choques<br />

culturais. Nesse eixo, as pesquisas de Hofstede e outros estudos<br />

sobre culturas nacionais e organizacionais colaboram para fornecer<br />

uma linha de base para novas pesquisas sobre contextos<br />

culturais específicos. Também, os estudos de Hall, sobre alto e<br />

baixo contexto, podem ajudar a diagnosticar o tipo de comunicação<br />

valorizada e praticada em determinada cultura.<br />

2) Conviver – A convivência está relacionada à experiência de<br />

viver junto. Em algumas situações sociais, o indivíduo não tem<br />

o livre arbítrio para escolher com quem vai conviver e o mesmo<br />

princípio vale para a organização quando atua em ambientes<br />

distintos. Para uma convivência, no mínimo pacífica, é preciso<br />

capacidade de gerenciar conflitos, a sensibilidade de aceitar e<br />

trabalhar com as diferenças. Empatia e resiliência são fundamentais<br />

para a convivência. Assim como o desenvolvimento do<br />

global mindset, ou seja, de competências cosmopolitas e a superação<br />

de características etnocêntricas e dos fatores que aumen-<br />

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