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as organizações constituem também sua própria cultura, que é influenciada<br />

por fatores ambientais e nacionais. Dessa maneira, apresentamos<br />

os conceitos de cultura, cultura organizacional e cultura nacional ressaltando<br />

suas relações e o papel da comunicação neste contexto vivo e<br />

dinâmico. Para ilustrar os desafios e as possibilidades que a comunicação<br />

intercultural traz para organizações internacionais, apresentamos<br />

dois exemplos de empresas multinacionais que adotaram diferentes estratégias<br />

para lidar com a diversidade cultural. Por fim, identificamos<br />

e propomos quatro eixos de análise sobre a comunicação intercultural<br />

que podem contribuir com a gestão internacional de organizações.<br />

Concluímos que a maior contribuição da comunicação intercultural<br />

para a gestão internacional das organizações é construir um ambiente<br />

de aprendizagem contínua onde a diversidade se torna fonte de proximidade,<br />

criatividade e desenvolvimento sustentável – desenvolvimento<br />

que consiste em harmonizar interesses sociais, econômicos, políticos,<br />

ambientais e culturais.<br />

COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL COMO FRUTO DOS ESTUDOS CULTURAIS:<br />

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS E DE INTERFERÊNCIA<br />

De acordo com autores como Hall (2003), Hofstede (1997), Rodrigo<br />

Alsina (2004, 2015), Finuras (2007), Rogers e Steinfatt (1999), observamos<br />

que a comunicação intercultural, como campo de estudo, tem suas<br />

raízes nos estudos culturais que começaram a ser desenvolvido de forma<br />

sistemática nos Estados Unidos e na Grá-Bretanha. Nos Estados Unidos<br />

a proposta da comunicação intercultural, portanto, estava sintonizada<br />

com as ideias desenvolvidas pelos pensadores da Escola de Chicago que<br />

viam a cidade como um laboratório para a observação das interações<br />

sociais e os processos comunicacionais como determinantes para a vida<br />

em sociedade dos indivíduos (Rogers; Steinfatt, 1999).<br />

Por outro lado, Ana Carolina Escostegui (2010, p. 27) aponta o surgimento<br />

dessa corrente de pesquisa na Grã-Bretanha, afirmando que<br />

as primeiras manifestações dos estudos culturais têm origem<br />

na Inglaterra, no final dos anos 50, especialmente em<br />

torno do trabalho de Richard Hoggart, Raymond Williams e<br />

Edward Palmer Thompson. Segundo a autora, o campo dos<br />

estudos culturais surge, de forma organizada, através do<br />

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