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Um dos elementos do fenômeno da globalização no contexto da<br />

contemporaneidade, e que se apresenta mais como um desafio<br />

às organizações multinacionais, trata sobre a diversidade cultural.<br />

Inserida no contexto de convivência que a globalização demanda,<br />

ela assume a influência na promoção dos valores organizacionais<br />

e, consequentemente, do sucesso da empresa. E, por isso, torna-se um<br />

importante objeto de estudo também das relações públicas e da comunicação<br />

organizacional.<br />

Grande parte das pesquisas sociais e organizacionais sobre o<br />

tema demonstra que as interações culturais são tensas e conflituosas,<br />

porque colocam em embate diferentes visões de mundo construídas na<br />

história de cada grupo. Tais relações produzidas pela globalização fazem<br />

emergir aspectos complexos de complementaridade e antagonismo,<br />

de autonomia e interdependência (Ianni, 1994; Jaime, 2009; Barbosa<br />

e Veloso, 2009; Saraiva e Irigay, 2009; Alves e Galeão-Silva, 2004; Freitas,<br />

2008 e 2009; Fleury, 2000).<br />

Na complexidade, sabemos que a ordem abarca a desordem e o<br />

estável convive com o inconstante. Assim, para estudar cenários complexos,<br />

é preciso manter um olhar aberto para perceber as contradições<br />

que emergem no cotidiano empresarial. Dessa forma, adotamos a perspectiva<br />

da complexidade para realizar o estudo apresentado neste artigo,<br />

que traz o resultado de uma reflexão sobre a gestão da diversidade e<br />

do papel da comunicação no âmbito das organizações multinacionais,<br />

seus discursos e práticas comunicativas.<br />

Como diz Edgar Morin (2006, p. 64), a “aceitação da complexidade<br />

é a aceitação de uma contradição e da ideia de que não se podem escamotear<br />

as contradições numa visão eufórica do mundo”. Assumir tal<br />

postura pode trazer aos estudos das relações públicas e da comunicação<br />

organizacional a possibilidade de esmiuçar e entender mais criticamente<br />

o tema e o seu papel nesse ambiente.<br />

Com esta intenção, adotamos um procedimento metodológico<br />

que priorizou a interdisciplinaridade, colocando em diálogo autores que<br />

tratam sobre cultura (Hall, 2006; Hofstede, 1997; Aktouf, 1994; Blumer,<br />

1980), relações culturais (Ianni, 1994), interculturalidade nas organizações<br />

(Ferrari, 2011; Jaime, 2009; Barbosa e Veloso, 2009; Saraiva e Irigay,<br />

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