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e Dinorá E. Floriani (2012), as empresas com global mindset, ou seja,<br />

com orientação estratégica para negócios globais e com habilidades<br />

relacionais interculturais, desenvolvem maior capacidade para reagir<br />

a mudanças nos mercados internacionais. Portanto, podemos dizer<br />

que são empresas mais cosmopolitas que conseguem com mais eficácia<br />

reduzir as distâncias sociais e aprender com a diversidade.<br />

A partir das definições conceituais é possível testar em novas<br />

pesquisas empíricas, por exemplo, se sociedades com menor distância<br />

do poder tendem a ser mais cosmopolitas ou se sociedades com maior<br />

distância do poder são dirigidas por personalidades mais autoritárias.<br />

Algumas dimensões culturais abordadas por Hofstede (1997) também<br />

foram estudas e descritas por outros autores como Rogers e Steinfatt<br />

(1999). O coletivismo e o individualismo são citados pelos autores a partir<br />

das pesquisas feitas por C. Harry Hui e Harry C. Triandis em 1986,<br />

sendo que a orientação para o longo prazo, baseada na confiança, é muito<br />

importante nas culturas coletivistas. Sriramesh (1992, apud Kent e<br />

Taylor, 2011) verificou que a influência pessoal é uma dimensão relevante<br />

em nações onde há maior controle de governo e sistemas hierárquicos<br />

rígidos sujeitos a nepotismos, sendo comum em países como Índia, parte<br />

dos países da Ásia e da África. Outra dimensão que cabe ser destacada<br />

nos estudos da comunicação intercultural desenvolvida por Hall (1976,<br />

apud Rogers e Steinfatt, 1999) é o contexto cultural. Em culturas nas<br />

quais os elementos contextuais são muito relevantes para a comunicação,<br />

denominadas culturas de “alto contexto”, os comportamentos não<br />

verbais (voz, postura, gestos, linguagem corporal, expressões faciais, uso<br />

do silêncio) são mais importantes do que os comportamentos verbais.<br />

Nesse tipo de contexto, as pessoas devem ser mais cuidadosas na forma<br />

de interagir e de se comunicar, pois as ambiguidades estão mais presentes.<br />

Ou seja, o que não é dito é mais importante do que o que é dito. Em<br />

culturas coletivistas nas quais as pessoas pertencem a grupos, famílias<br />

e organizações e que cuidam delas em troca de lealdade e pertencimento<br />

(Hofstede, 1997), há uma maior preocupação com os elementos não<br />

verbais e contextuais no processo de comunicação. Nessas sociedades,<br />

as pessoas atuam de acordo com o interesse do grupo e por isso há uma<br />

maior percepção sobre os fatores do contexto e as mensagens implícitas<br />

que possam interferir nas relações entre os indivíduos.<br />

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