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isbn_aguardando

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No que se refere às questões de raça e gênero, o documento apresenta<br />

um tom de denúncia das desigualdades. Porém, o propósito principal,<br />

como era de se esperar, é demonstrar às empresas que a diversidade<br />

é cada vez mais importante e orientá-las sobre como podem começar<br />

um programa voltado para sua gestão. Para tanto, os argumentos encaminhados<br />

são basicamente os mesmos desenvolvidos pelos autores<br />

americanos de diversity management e retomados por Fleury (2000). A<br />

diversidade reduz a rotatividade de pessoal e a vulnerabilidade legal,<br />

aumenta a satisfação dos trabalhadores, eleva a produtividade, valoriza<br />

a imagem, gera maior flexibilidade e capacidade de se adaptar ao perfil<br />

dos clientes e, em última instânca, fortalece o desempenho financeiro,<br />

isto é, impacta positivamente nos lucros, aponta o relatório. Em síntese:<br />

a gestão da diversidade é um fator crítico para o sucesso nos negócios.<br />

O Ethos sugere que os programas das empresas abranjam as seguintes<br />

dimensões da diversidade: gênero, raça e etnia, pessoas com<br />

deficiência, crenças e opiniões, idade, temas específicos (no qual timidamente<br />

insere a questão LGBT) e ressalta que o acesso a cargos de<br />

gerência e direção é um aspecto-chave em termos de diversidade. Por<br />

conseguinte, propõe que as empresas avaliem a proporção de mulheres,<br />

negros e membros de grupos minoritários que ocupam esses cargos,<br />

recomendando que se faça um diagnóstico do perfil de diversidade do<br />

seu quadro de pessoal, considerado fundamental como ponto de partida<br />

para a implantação de um programa de valorização da diversidade.<br />

Para corrigir possíveis desigualdades no acesso aos postos de liderança<br />

e/ou desequilíbrios de remuneração, o Ethos sugere que a empresa<br />

deve adotar a diversidade como parâmetro orientador das políticas<br />

de desenvolvimento, manutenção, encarreiramento e remuneração das<br />

pessoas. Não fazer isso, seria “omitir-se diante dos preconceitos e desigualdades<br />

existentes na sociedade, acabando por reproduzí-los internamente”<br />

(Ethos, 2000, p. 21). É curioso notar que, depois de uma apreciação<br />

complexa da questão e da amplituide das recomendações, na seção<br />

do documento denominada “Diversidade na prática”, em que algumas<br />

organizações relatam suas ações nesse campo, nenhuma faça sequer referência<br />

a medidas de inclusão racial e de gênero. Tendo em vista o total<br />

de 1.400 empresas associadas ao Ethos, ainda que se admita a possibilidade<br />

de que esse número na época fosse inferior, é possível afirmar que<br />

nesse período (ano 2000) as ações de diversidade voltadas para mulhe-<br />

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