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presas afiliadas à Febraban. Mas não se tratou de uma negociação tranquila.<br />

De acordo com o Relatório de Atividades / 2006 da Comissão de<br />

Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM, 2007),<br />

da audiência realizada em 04 de julho participaram Carlos Alberto Reis<br />

de Paula (ministro do TST), Otávio Brito (vice-procurador do MPT),<br />

Magnus Ribas Apostólico (superintendente de Relações do Trabalho<br />

da Febraban), Humberto Adami (presidente do Iara), Frei Davi (diretor<br />

executivo da Educafro) e Neide Fonseca (diretora-executiva da Contraf<br />

– Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).<br />

Em nota veiculada em 2006, a Agência Câmara, vinculada à<br />

Câmara dos Deputados, resume os diferentes discursos assumidos pelos<br />

presentes na audiência. O representante da federação de bancos garantiu<br />

que as instituições financeiras têm um sistema transparente de<br />

contratações. Segundo ele, “a ocupação das vagas nos bancos é feita por<br />

meio eletrônico e não utiliza critérios raciais”. Já a representante sindical<br />

argumentou que é comum a prática da discriminação racial entre as<br />

organizações bancárias e afirmou que ela mesma foi discriminada por<br />

seu gerente, apesar de ter passado em concurso interno para cargo superior<br />

na Nossa Caixa. O ministro do TST, por sua vez, defendeu a adoção<br />

de ações afirmativas voltadas ao trabalhador negro 4 . Isso mostra que,<br />

embora tenham ganhado a batalha por ocasião das ações ajuizadas pelo<br />

MPT na Justiça Trabalhista, os bancos não haviam vencido a “guerra”.<br />

De toda forma, a paz parecia se evidenciar no horizonte. Ainda<br />

de acordo com a Agência Câmara, o mediador da reunião realizada em<br />

09 de agosto, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, avaliou o encontro<br />

como positivo. Para ele, tratou-se do início de um processo com duas<br />

vertentes. De um lado, medidas mais imediatas, relativas à identificação<br />

de pessoas negras qualificadas a entrar no sistema bancário privado. De<br />

outro lado, ações voltadas para o futuro, referentes ao cadastramento<br />

e treinamento de jovens estagiários 5 . O conflito não seria, no entanto,<br />

4<br />

Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2011.<br />

5<br />

Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2011.<br />

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