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outros países, nos quais questões religiosas, políticas e econômicas estão<br />

envolvidas, desafiam o fenômeno da globalização. Segundo Lindo<br />

Pérez (2000, p. 6) “a globalização, sem a universalização das relações sociais,<br />

pode converter-se simplesmente numa nova maneira de projetar<br />

em escala mundial as assimetrias locais e regionais”. Para esse autor, “se<br />

fôssemos coerentes nesse processo, seria imposta uma democratização<br />

equivalente das relações políticas, econômicas e sociais em nível internacional”<br />

(Lindo Pérez, 2000, p. 6).<br />

A universalização das relações sociais, portanto pressupõe que<br />

exista comunicação entre povos, nações, organizações e pessoas de diferentes<br />

culturas que coexistem em um mesmo conjunto social. Segundo<br />

Miquel Rodrigo Alsina (2004), uma língua e um sistema de comunicação<br />

em comum, o conhecimento da cultura do outro e de sua própria cultura,<br />

a eliminação dos preconceitos, a empatia e a interação equilibrada<br />

são condições necessárias para a comunicação intercultural. A formação<br />

em comunicação intercultural, especialmente de profissionais de<br />

comunicação e gestores de nações e organizações, é essencial para as<br />

negociações internacionais e a solução de problemas globais (Rodrigo<br />

Alsina, 2015; Hofstede, 1997). Compreender as diferenças na forma de<br />

pensar, sentir e agir dos habitantes do planeta é tão importante quanto<br />

desenvolver estratégias e técnicas para lidar com a diversidade, segundo<br />

afirma Hofstede (1997). Contudo, para existir diálogo intercultural,<br />

isto é, o relacionamento entre diferentes culturas, é preciso considerar<br />

a comunicação e a cultura como duas faces da mesma moeda. Segundo<br />

Ferrari (2011a, p. 153)<br />

a cultura e a comunicação estão estreitamente relacionadas,<br />

por um lado, porque a cultura traz em si os significados compartilhados<br />

e, por outro, porque é necessário um grande esforço<br />

da organização para compreender as pessoas com os<br />

valores estabelecidos como desejáveis, o que implica no uso<br />

de canais de comunicação de todos os tipos.<br />

Nesse sentido e com o objetivo de verificar quais são as contribuições<br />

da comunicação intercultural para a gestão internacional dos<br />

negócios, o presente artigo apresenta uma reflexão sobre os elementos<br />

que constituem e interferem no processo de comunicação intercultural.<br />

Como “fenômeno de comunicação” (Freitas, apud Ferrari, 2011a, p. 153),<br />

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