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destacados abaixo, nos quais eles tratam dos acontecimentos descritos<br />

na seção anterior, expressam com clareza o antagonismo.<br />

Pra gerenciar o programa criamos um GT de Apoio Técnico. Nesse<br />

GT, além da Febraban, temos o Ceert, que é uma consultoria<br />

muito conceituada, coordenada pela Cida Bento. Ela é negra e<br />

conhece superbem essa questão da diversidade. A equipe do Ceert<br />

é formada, em sua maioria, por negros. São extremamente<br />

bem reputados. Foram os nossos consultores para a dimensão<br />

racial do programa, assim como a ISocial, uma firma de consultoria<br />

especializada na questão das pessoas com deficiência<br />

e cujo principal executivo é cadeirante, nos ajudou nessa outra<br />

dimensão do programa. Isso porque nós fomos buscar conhecimento<br />

fora da entidade, onde havia expertise na sociedade, entende?<br />

Fomos humildes, não conhecemos essas questões, então<br />

abrimos concorrência, selecionamos essas duas organizações e<br />

elas nos apoiaram. Mas além do Ceert e do ISocial, fazem parte<br />

desse GT de Apoio Técnico um representante do sindicato, neste<br />

caso a Contraf-CUT; um representante da OIT, instituição com<br />

a qual fizemos um acordo de cooperação; um representante<br />

do MPT; e representantes do IBGE e do Ipea, que foram fundamentais<br />

na validação estatística do mapeamento que empreendemos.<br />

Esse grupo acompanha nossos projetos na área de<br />

diversidade. Ademais, fomos a vários fóruns para apresentar e<br />

discutir nossas ideias. Dialogamos com o público universitário<br />

por meio de seminários, estivemos várias vezes em sindicatos,<br />

conversamos com ONGs que trabalham com a questão racial,<br />

sempre mostrando a forma como estávamos trabalhando, nossos<br />

objetivos, as campanhas de comunicação que desenvolvemos.<br />

Também participamos de audiências públicas na Câmara<br />

dos Deputados, abrimos o debate. Enfim, enriquecemos nosso<br />

programa a partir de todos esses encontros.<br />

A narrativa acima, do representante da Febraban, possui um tom<br />

proativo. Nela não há alusão ao inquérito civil público, nem muito menos<br />

às ações ajuizadas na Justiça Trabalhista pelo MPT em resposta às<br />

pressões das ONGs provenientes do movimento negro. Afinal a entidade<br />

“também” participou de audiências públicas na Câmara dos Deputados.<br />

E assim procedeu para abrir mais ainda o debate que já vinha fazendo<br />

com outros atores. Trata-se de uma versão asséptica da história, sem<br />

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