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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

de três quintos e não uma maioria de dois terços tornar sua posição<br />

inválida? 6 Seria a pessoa então desassociada? Certamente que não.<br />

Como poderíamos nós, então, permitir que uma simples regra de<br />

votação fizesse prevalecer uma posição tradicional sobre<br />

desassociação, quando a maior parte dos membros do Corpo pensava o<br />

contrário? Não deveríamos nós tomar, pelo menos, a posição de que,<br />

em todos os casos de desassociação, mesmo quando uma minoria<br />

considerável (e especialmente uma maioria embora pequena) achasse<br />

que não havia razões suficientes para desassociação, então a regra de<br />

não-desassociação deveria ser mantida?<br />

Estas questões submetidas ao Corpo ficavam sem resposta, mas vez<br />

após vez em tais casos, vigorava a norma previamente estabelecida,<br />

tradicional, e fazia-se isto como coisa de rotina, como algo normal.<br />

Qualquer que fosse o efeito na vida das pessoas isto não exercia<br />

influência suficiente para fazer com que os membros se sentissem<br />

movidos a abrir mão de sua norma “padrão” em tais casos. Em algum<br />

momento no passado da organização, fora formulada uma norma de<br />

desassociação (resultante muitas vezes da opinião de um único<br />

homem, muitíssimas vezes alguém flagrantemente isolado das<br />

circunstâncias consideradas) e colocara-se essa norma em vigor;<br />

adotara-se uma regra e essa regra imperava, a menos que fosse<br />

derrubada por uma maioria de dois terços.<br />

Talvez nenhum outro caso ilustre tão bem essa estranha maneira de<br />

encarar as coisas como o que envolve a questão do serviço alternativo.<br />

“Serviço alternativo” representa o serviço civil oferecido pelo<br />

governo como uma alternativa para aqueles que têm objeções de<br />

consciência à participação no serviço militar. Um bom número de<br />

países esclarecidos oferece esta alternativa a tais pessoas entre seus<br />

cidadãos.<br />

A posição oficial da Sociedade Torre de Vigia, desenvolvida<br />

durante a 2ª Guerra Mundial, é que se alguém das Testemunhas de<br />

Jeová aceita esse serviço alternativo, ele “transige”, viola sua<br />

integridade para com Deus. O raciocínio por trás disso é que, já que<br />

este serviço é um “substituto”, assume portanto o lugar daquilo que<br />

substitui e (assim vai aparentemente o raciocínio) vem a representar a<br />

mesma coisa. Já que é oferecido em lugar do serviço militar e o serviço<br />

6 Três tirado de cinco é apenas 60%, não 66,6 % como numa maioria de dois terços.

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