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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

trabalhe para uma organização comercial, deveria defender todas as<br />

suas normas enquanto fizesse parte dessa organização e, se não<br />

pudesse defendê-las, deveria primeiro deixá-la antes de falar qualquer<br />

coisa. Sua resposta foi:<br />

Mas aí se tratava duma organização comercial e eu não pensava nas<br />

coisas nestes termos. Via o assunto como envolvendo uma relação<br />

mais elevada, uma relação com Deus. Eu sei quais eram meus<br />

sentimentos naquela ocasião e o que se passava no meu coração, e<br />

ninguém pode me desmentir. Se eu estivesse envolvido em alguma<br />

maquinação, por que o negaria agora? Quando vieram as audiências,<br />

orei para não ser desassociado. Os outros fizeram o mesmo. Ainda<br />

assim, aconteceu.<br />

Se fosse minha vontade continuar na organização simplesmente<br />

para praticar proselitismo, eu seria agora um militante. Onde está a<br />

‘seita’ em prol da qual eu estava trabalhando? Onde estão os efeitos<br />

posteriores que provam que essa era a minha meta? Até o dia de hoje,<br />

mesmo quando pessoas puxam conversa comigo, depois de tudo o que<br />

aconteceu, prefiro esperar que elas tomem a iniciativa de comunicar-se<br />

comigo novamente em vez de eu mesmo fazê-lo.<br />

Se tivesse que fazer tudo novamente, eu estaria enfrentando o<br />

mesmo dilema. Sinto que tirei tanto proveito do que aprendi das<br />

Escrituras que resultou ser uma bênção ter as coisas esclarecidas e ser<br />

levado a achegar-me mais a Deus.<br />

Se eu tivesse algum “esquema”, poderia ter programado o modo em<br />

que iria fazer as coisas. Entretanto, o que fiz foi simplesmente humano<br />

e procedi segundo a reação humana. Esse fator humano teve<br />

precedência sobre o temor a uma organização. Nunca foi idéia minha<br />

dissociar-me das Testemunhas. Só estava me regozijando com o que<br />

estava lendo na Bíblia. As conclusões a que cheguei foram o resultado<br />

de minha leitura pessoal da Bíblia. Não estava de maneira alguma<br />

procurando ser dogmático.<br />

A pergunta que faço é: depois de todos estes trinta anos como<br />

Testemunha, dos sentimentos que eu tinha de misericórdia e<br />

compaixão, por que não foram estes demonstrados por eles? Que razão<br />

justifica a maneira sutil e maliciosa com a qual as perguntas foram<br />

feitas? As audiências foram realizadas como se tivessem o objetivo de<br />

juntar informações que provassem a culpa, não o de ajudar a um irmão<br />

“em erro”.

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