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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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O Corpo Governante<br />

dele. Mais tarde, ela se casou novamente. A congregação a desassociou<br />

então porque não estava “biblicamente livre” para um novo casamento.<br />

Depois de aparecerem os artigos de A Sentinela, ela escrevia agora<br />

pedindo que, em vista da mudança de posição, fosse feita alguma coisa<br />

para limpar seu nome do vitupério que havia sofrido em resultado da<br />

ação desassociadora. A única coisa que eu pude fazer foi escrever para<br />

ela dizendo que os artigos publicados eram, em si mesmos, uma<br />

vindicação de seu modo de agir.<br />

Apesar de ter sido satisfatório preparar mais uma vez a matéria<br />

reconhecendo e retificando um ponto de vista errôneo da organização,<br />

persistia em mim o pensamento sóbrio de que isto jamais poderia<br />

desfazer qualquer dano que a posição anterior tenha causado durante<br />

tantas décadas e — só Deus sabe — a quantas pessoas.<br />

O Corpo Governante nessa época era, na realidade, tanto um<br />

tribunal judicativo como também — já que suas decisões e definições<br />

tinham força de lei para todas as Testemunhas de Jeová — um corpo<br />

legislativo. Era um “Corpo Governante” no mesmo sentido em que o<br />

Sinédrio dos tempos bíblicos podia ser chamado desse modo, sendo<br />

suas funções semelhantes. Assim como todas as principais questões<br />

envolvendo o povo para o nome de Jeová, nesse período, eram trazidas<br />

perante o Sinédrio em Jerusalém para ser resolvidas, acontecia também<br />

com o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová em Brooklyn.<br />

Não era, porém, um corpo administrativo em nenhum sentido da<br />

palavra. A autoridade e responsabilidade administrativas ficavam<br />

exclusivamente com o presidente da corporação, Nathan H. Knorr. Eu<br />

não esperava por isto, uma vez que, no mesmo ano de minha<br />

designação, o vice-presidente Franz havia proferido um discurso,<br />

publicado posteriormente em A Sentinela de 1 º de junho de 1972, no<br />

qual ele descreveu o papel do Corpo Governante, contrastando-o com<br />

o da corporação, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.<br />

Mencionado por alguns como o “discurso do rabo abanando o cão”,<br />

sua linguagem era extraordinariamente audaciosa e franca, afirmando<br />

vez após vez que a corporação era simplesmente uma “agência”, um<br />

“instrumento temporário” usado pelo Corpo Governante (páginas 338<br />

e 344):<br />

29 Esta organização evangelizadora mundial não é modelada<br />

segundo nenhuma sociedade civil da atualidade, que talvez seja exigida<br />

pelas leis dos governos políticos dos homens, que agora enfrentam a<br />

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