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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

Em 1976, um ano depois da passagem daquela data amplamente<br />

anunciada, uns poucos membros do Corpo Governante começaram a<br />

insistir em que se deveria fazer alguma declaração reconhecendo que a<br />

organização havia se equivocado, que tinha estimulado falsas<br />

expectativas. Outros disseram que achavam que não se deveria fazê-lo,<br />

que isso “serviria apenas de munição para os opositores”. Milton<br />

Henschel recomendou que o procedimento sábio a seguir seria<br />

simplesmente não suscitar o assunto e que, com o tempo, os irmãos<br />

deixariam de falar sobre ele. Não havia, evidentemente, apoio<br />

suficiente favorecendo a aprovação desta moção. Um artigo em A<br />

Sentinela de 15 de janeiro de 1977 fez realmente referência às<br />

expectativas não cumpridas, mas o artigo teve de se harmonizar com o<br />

sentimento prevalecente dentro do Corpo Governante e não foi<br />

possível nenhum reconhecimento claro da responsabilidade da<br />

organização.<br />

Em 1977, o assunto surgiu novamente numa reunião. Apesar de se<br />

levantarem as mesmas objeções, aprovou-se uma moção no sentido de<br />

que se deveria incluir uma declaração em um discurso de congresso<br />

que Lloyd Barry estava incumbido de preparar. Meu entendimento é<br />

que, mais tarde, os membros do Corpo Governante Ted Jaracz e Milton<br />

Henschel conversaram com Lloyd sobre sua opinião acerca do assunto.<br />

Qualquer que tenha sido o caso, não se incluiu nenhuma menção a<br />

1975 na preparação do discurso. Recordo-me de ter perguntado a<br />

Lloyd sobre isso e a sua resposta foi que ele simplesmente não tinha<br />

conseguido encaixá-la em seu tema. Passaram-se quase dois anos e,<br />

então em 1979, o Corpo Governante voltou a considerar o assunto.<br />

Nessa época, tudo indicava que 1975 tinha produzido uma séria brecha<br />

de credibilidade.<br />

Certo número de membros do pessoal da sede se expressaram nesse<br />

sentido. Alguém descreveu 1975 como um “albatroz” rondando em<br />

volta de nossos pescoços. Robert Wallen, um secretário do Corpo<br />

Governante, escreveu o seguinte:<br />

Estou associado como Testemunha batizada há mais de 39 anos e,<br />

com a ajuda de Jeová, continuarei a ser um servo leal. Mas, dizer que<br />

não estou decepcionado seria uma mentira, pois eu sei que meus<br />

sentimentos com relação a 1975 foram nutridos em razão daquilo que<br />

li em várias publicações e quando sou efetivamente informado de que<br />

cheguei às falsas conclusões por mim mesmo, sinto que isso não está

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