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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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Momento da Decisão<br />

me disseram que era melhor eu sair antes de me meter em problemas<br />

também por ser vista com eles. Caminhei sozinha para o quarto,<br />

enquanto procurava a todo custo segurar as lágrimas. Sentia-me<br />

simplesmente arrasada. Não podia crer no que estava acontecendo. É<br />

um sentimento que jamais esquecerei. Este lugar tinha sido meu lar<br />

durante muitos anos e eu tinha desfrutado minha permanência ali —<br />

agora, era como se eu estivesse num lugar totalmente estranho para<br />

mim. Raciocinava sobre as palavras de Cristo de que, pelos seus frutos,<br />

os reconhecereis, e simplesmente não conseguia conciliar o que eu<br />

tinha visto e ouvido durante essa semana como sendo algo cristão. Foi<br />

tão rude e desamoroso. Estas eram pessoas que tinham contribuído<br />

com anos e anos de serviço para a Sociedade, tinham boa reputação e<br />

eram muito estimadas por todos. E não obstante, nenhuma misericórdia<br />

pôde ser-lhes demonstrada. Isso era incompreensível para mim.<br />

Eu tinha uma reunião naquela noite, mas resolvi não ir porque me<br />

sentia verdadeiramente perturbada. Mais tarde naquela noite, quando<br />

Leslie [a companheira de quarto de Diane] voltou da reunião, nós<br />

ficamos conversando quando ouvimos alguém bater na porta. Isto foi<br />

por volta das onze horas da noite. Era Toni Kuilan. Mal entrou, foi<br />

logo caindo em pranto, simplesmente soluçava. Ela não queria que<br />

Néstor soubesse quão transtornada ela estava. Sentamo-nos todas ali,<br />

choramos juntas e conversamos. Fizemos-lhe saber que ela e Néstor<br />

eram nossos amigos agora como sempre o foram, e procuramos<br />

encorajá-la o mais que podíamos. Não consegui dormir muito bem<br />

naquela noite e me levantei por volta das duas ou três horas da<br />

madrugada. Apenas me sentei no banheiro meditando sobre o que tinha<br />

acontecido e senti como se fosse um pesadelo — não parecia ser real<br />

para mim.<br />

No sábado pela manhã, fui ver Néstor e Toni e Cris e Norma e,<br />

quando cheguei ao quarto dos Kuilan, tinham acabado de receber a<br />

visita de John Booth [um membro do Corpo Governante]. Ele tinha<br />

sido enviado para informá-los de que sua apelação tinha sido rejeitada<br />

pelo Corpo Governante. A comissão lhes tinha dito, na sexta-feira à<br />

noite, que teriam de entregar sua apelação na manhã seguinte, às oito<br />

horas. Isto, por si só, era ridículo, mas eles cumpriram e entregaram a<br />

apelação por volta das oito horas da manhã. Booth foi enviado para<br />

informá-los do “Não”. Néstor lhe perguntou por que, e ele lhe disse<br />

que ele [Booth] era apenas um ‘mensageiro’ — deixou claro que não<br />

queria discutir nada com nenhum deles.<br />

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