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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

seriamente a vida das pessoas, descobria que não podia refrear-me de<br />

fazer alguma manifestação. Não tinha nenhuma ilusão de que o que<br />

dizia tivesse particularmente alguma influência — de fato, eu sabia,<br />

por experiência própria, que isso só contribuía mais provavelmente<br />

para tornar minha situação mais difícil, mais precária. Sentia, porém,<br />

que se não me declarasse em favor de algumas coisas, de certos<br />

princípios que achava serem cruciais para o cristianismo, então não<br />

havia quaisquer finalidades para estar ali e, pela mesma razão, nenhum<br />

propósito real na vida.<br />

Já foi mencionado que, por volta de 1978 em diante, começou a<br />

manifestar-se um clima alterado no Corpo. A euforia inicial que<br />

acompanhou a mudança dramática ocorrida na administração havia<br />

desaparecido. O espírito de companheirismo fraternal que pareceu<br />

prevalecer por algum tempo, junto com suas acompanhantes<br />

expressões de moderação e maior flexibilidade de ponto de vista,<br />

também tinha diminuído sensivelmente. Os membros tinham se<br />

acomodado às suas respectivas posições nas várias comissões e, depois<br />

de um período, parecia haver certa “exibição de músculos” por parte<br />

de alguns. Tendências razoavelmente discerníveis começaram a tornarse<br />

evidentes dentro do quadro de membros, de modo que, muitas<br />

vezes, não era difícil de prever qual seria o provável resultado da<br />

votação em torno de um assunto.<br />

Se, por exemplo, as mãos de Milton Henschel, Fred Franz, Ted<br />

Jaracz e Lloyd Barry se levantassem indicando aprovação, podia-se<br />

geralmente ter certeza de que as mãos de Carey Barber, Martin<br />

Poetzinger, William Jackson, George Gangas, Grant Suiter e Jack Barr<br />

se levantariam também. Se as mãos dos primeiros permanecessem<br />

abaixadas, as mãos dos últimos ficariam geralmente assim também.<br />

Alguns dos outros membros votariam provavelmente com estes, mas o<br />

voto deles não era assim tão previsível. Com raras exceções, este era o<br />

padrão predominante.<br />

Este padrão se revelava particularmente veraz quando alguma<br />

norma ou posição tradicional estava em discussão. Podia-se saber de<br />

antemão quais os membros que votariam, com quase toda certeza, em<br />

favor da manutenção dessa norma tradicional e contra qualquer<br />

mudança nela. Mesmo no caso da questão do “serviço alternativo”, já<br />

considerada num capítulo anterior, apesar de constituir uma minoria,<br />

estes membros ainda conseguiram impedir que se fizesse uma

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