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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

Fazia muitas décadas que não se via tal sentimento de empolgação<br />

entre as Testemunhas de Jeová como a provocada por estas<br />

declarações. Desenvolveu-se uma tremenda onda de expectativa,<br />

ultrapassando em muito o sentimento de expectativa do fim que eu e<br />

outros tínhamos experimentado no início dos anos 40.<br />

Por isso ficamos pasmos ao ver que a “Pergunta dos Leitores”, que<br />

Fred Franz havia então formulado, argumentava que o fim de 6.000 anos<br />

viria de fato um ano antes do que se acabara de publicar no novo livro, a<br />

saber, que viria em 1974 em vez de 1975. Conforme Knorr contou a Karl<br />

Adams, quando recebeu esta matéria, ele foi a Fred Franz e perguntou a<br />

razão da mudança repentina. Franz replicou terminantemente: “É assim<br />

mesmo. É 1974.”<br />

Knorr não se sentia à vontade com a mudança e por isso enviou cópias<br />

a nós três com um pedido para que a submetêssemos a nossas observações<br />

individuais. A argumentação do vice-presidente se apoiava quase<br />

inteiramente no uso de um número cardinal e um ordinal no relato do<br />

dilúvio em Gênesis, capítulo 7, versículos 6 e 11 (“seiscentos anos” e o<br />

“seiscentésimo ano”). O argumento procurava mostrar que faltava um ano<br />

na contagem do tempo apresentada no novo livro e que se precisava<br />

acrescentar um ano, fazendo com que o fim de 6.000 anos viesse um ano<br />

antes, em 1974 em vez de 1975.<br />

Cada um de nós escreveu de modo respeitoso que não achávamos que<br />

a matéria deveria ser publicada, que teria um efeito extremamente<br />

perturbador sobre os irmãos. 28 O presidente evidentemente concordou, já<br />

que a matéria preparada pelo vice-presidente nunca foi publicada;<br />

contudo, foi uma ocorrência bem rara.<br />

Foi durante a presidência de Knorr que o termo “corpo governante”<br />

começou a ser usado com certa freqüência. 29 A literatura começava então<br />

a associar tal corpo com a Diretoria da Sociedade Torre de Vigia. No livro<br />

28 Em minha carta, salientei que o argumento se apoiava principalmente numa parte<br />

das Escrituras que é difícil de ser definida e que os motivos fornecidos para a<br />

mudança eram, na melhor das hipóteses, frágeis.<br />

29 Em A Sentinela (em inglês) de 1º de junho de 1938, página 168, num artigo sobre<br />

“Organização”, as expressões “corpo central” e “autoridade central” são usadas,<br />

mas apenas com referência ao corpo dos apóstolos e àqueles que eram seus<br />

associados imediatos, sem fazer-se nenhuma aplicação moderna, a expressão<br />

“corpo governante” surgiu pela primeira vez em seu uso atual em A Sentinela (em<br />

inglês) de 15 de outubro 1944, página 315, e 1º de novembro de 1944, páginas<br />

328-333.

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