23.04.2013 Views

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Momento da Decisão<br />

Já que nossos lugares de trabalho, tanto durante o projeto Ajuda<br />

como daí por diante, não estavam a mais que uma seção da outra,<br />

conversávamos com regularidade, partilhando um com o outro<br />

quaisquer pontos interessantes que encontrávamos no decorrer das<br />

pesquisas. A Comissão de Redação do Corpo Governante nos designou<br />

para trabalharmos juntos numa porção de projetos, tais como o<br />

Comentário à Carta de Tiago. Em nossas conversas, nem sempre<br />

concordávamos em todos os pontos, mas isso não afetava nossa<br />

amizade ou respeito mútuo.<br />

Menciono tudo isto porque Edward Dunlap foi uma das poucas<br />

pessoas que sabiam quão profundas eram minhas preocupações quanto<br />

ao que via na organização e, particularmente, dentro do Corpo<br />

Governante. Ele partilhava dessa preocupação. Assim como eu, ele o<br />

fazia porque não conseguia harmonizar muito do que via, ouvia e lia<br />

com aquilo que havia nas Escrituras.<br />

Apesar de associado à organização desde o início dos anos trinta,<br />

durante a maior parte dessa associação, ele não se considerava como<br />

estando entre os “ungidos”. Eu estava conversando com ele certo dia<br />

em fins dos anos setenta e ele me contou que, quando começou a<br />

associar-se, A Sentinela ensinava nessa época que havia duas classes<br />

que herdariam a vida celestial: os “eleitos” (composta de 144.000) e a<br />

“grande companhia” (ou a “grande multidão” de Revelação capítulo<br />

7). Dizia-se da “grande companhia” que se tratava de cristãos com uma<br />

fé inferior à dos eleitos e que, por este motivo, embora destinados<br />

também à vida celestial, essa “grande companhia” não estaria entre<br />

aqueles que reinariam com Cristo como reis e sacerdotes. Já que, das<br />

duas classes, uma era claramente superior e a outra inferior, Ed<br />

tipicamente assumiu que devia pertencer à classe inferior, a “grande<br />

companhia”.<br />

Veio 1935 e o Juiz Rutherford anunciou, na assembléia de<br />

Washington, D.C., a “verdade revelada” de que os da “grande<br />

companhia” estavam biblicamente destinados a viver, não no céu, mas<br />

na terra. Como disse Ed, ele tinha sempre abrigado consigo a<br />

esperança de vida celestial e sentia que não podia haver nada mais<br />

maravilhoso que servir na presença de Deus e na companhia do seu<br />

Filho. Mas, devido à mudança anunciada no ponto de vista da<br />

organização, ele reprimiu essas esperanças e aceitou aquilo que lhe<br />

307

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!