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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

comentários, com voz tensa e vigorosa, ao dizer que ‘alguns<br />

evidentemente não estavam satisfeitos com o modo como ele estava<br />

cuidando de seu trabalho’. Costumava entrar em detalhes quanto ao<br />

trabalho que estava realizando e costumava dizer então, “agora, parece<br />

que alguns não querem que eu cuide mais das coisas” e que talvez<br />

devesse “trazer tudo aqui, entregar a Ray Franz e deixar que ele tome<br />

conta.”<br />

Achava difícil crer que ele de algum modo pudesse deixar de<br />

compreender o propósito geral de meus comentários, que eu estava me<br />

expressando a favor do arranjo de um corpo, não a favor de uma<br />

transferência de autoridade de um administrador individual para outro<br />

administrador individual. Toda vez que eu tentava explicar isto para<br />

ele, esclarecendo que o que fora dito nunca havia representado<br />

qualquer forma de ataque pessoal, que eu não achava que alguma<br />

pessoa individualmente deveria assumir as responsabilidades em<br />

questão, mas, pelo contrário, que o meu entendimento com base na<br />

Bíblia e na revista A Sentinela era que estas eram coisas a serem<br />

tratadas por um corpo de pessoas. Mencionei vez após vez que, se<br />

fosse uma questão de uma única pessoa cuidar de tudo, então a minha<br />

escolha seria ele; que eu achava que estivera fazendo simplesmente o<br />

que ele achava que deveria fazer e havia sempre feito no passado; que<br />

eu não tinha nenhuma queixa por ele haver agido dessa maneira.<br />

Todavia, isto não parecia surtir qualquer efeito e, percebendo que<br />

qualquer coisa que eu dissesse neste sentido provocaria simplesmente<br />

ira, depois de algumas tentativas, desisti. Nestas ocasiões, o restante<br />

dos membros do Corpo se mantinha impassível, observava e nada<br />

dizia. O que aconteceu poucos anos depois veio, portanto, como uma<br />

surpresa.<br />

Em 1975, dois anciãos de Betel (um deles, um membro mais antigo<br />

do Departamento de Serviço, e o outro, superintendente assistente do<br />

Lar de Betel) escreveram cartas ao Corpo Governante expressando<br />

preocupação com certas condições prevalecentes entre o pessoal da<br />

sede, especificamente com referência a uma atmosfera de medo criada<br />

pelos que exerciam a supervisão e um crescente sentimento de<br />

desencorajamento e resultante descontentamento.<br />

Nessa época, qualquer pessoa que fizesse uma petição para servir na<br />

sede (“serviço de Betel”) tinha de concordar em permanecer, no<br />

mínimo, quatro anos. A maioria dos peticionários eram homens jovens,

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