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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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Credenciais e Motivo<br />

Não encontramos absolutamente nada em apoio a 607 A.E.C. Todos<br />

os historiadores apontavam para uma data vinte anos mais tarde. Antes<br />

de preparar a matéria do Ajuda sobre “Arqueologia”, não tinha me<br />

dado conta de que o número de tabuinhas de argila cozida, encontradas<br />

na região mesopotâmica e que remontavam ao tempo da antiga<br />

Babilônia se somavam às dezenas de milhares. Em todas elas, não<br />

havia nada que indicasse que o período do Império Neobabilônico (em<br />

cujo período se situava o reinado de Nabucodonosor) tivesse a duração<br />

necessária para ajustar-se à nossa data de 607 A.E.C. para a destruição<br />

de Jerusalém. Tudo apontava para um período vinte anos menor que o<br />

sustentado por nossa cronologia publicada. Embora achasse isto<br />

perturbador, eu queria acreditar que nossa cronologia estava certa,<br />

apesar de toda a evidência contrária. Desse modo, ao preparar a<br />

matéria do livro Ajuda, a maior parte do tempo e do espaço foi usada<br />

na tentativa de enfraquecer a credibilidade da evidência arqueológica e<br />

histórica que tornava errônea nossa data de 607 A.E.C., propiciando<br />

um ponto de partida diferente para nossos cálculos e,<br />

conseqüentemente, uma data final diferente de 1914.<br />

Charles Ploeger e eu viajamos até a Universidade Brown, em<br />

Providence, Rhode Island, a fim de entrevistar o professor Abraham<br />

Sachs, especialista em antigos textos cuneiformes. Queríamos ver se<br />

poderíamos obter qualquer informação que indicasse alguma falha ou<br />

qualquer tipo de defeito nos dados astronômicos apresentados na<br />

maioria dos textos, dados que indicavam nossa data de 607 A.E.C.<br />

como sendo incorreta. No final, ficou evidente que teria sido<br />

necessária uma virtual conspiração por parte dos antigos escribas —<br />

sem nenhum motivo concebível — para agirem dessa forma,<br />

deturpando os fatos, se é que, realmente, nosso cálculo havia de estar<br />

correto. Mais uma vez, como um advogado confrontado com uma<br />

prova que não pode derrubar, meu trabalho era depreciar ou<br />

enfraquecer a confiança nos testemunhos dos tempos antigos que<br />

apresentavam tal prova, a evidência dos textos históricos relacionados<br />

com o Império Neobabilônico. 29 Os argumentos apresentados por mim<br />

eram honestos, mas eu sei que o objetivo era defender uma data para a<br />

qual não existe apoio histórico.<br />

29 Ajuda ao Entendimento da Bíblia, (em inglês) páginas 326, 328, 330, 331. Esta<br />

parte que trata de tais problemas foi eliminada na nova edição.<br />

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