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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

ninguém sequer pergunta a respeito de outros que não contam com tal<br />

projeção, embora tenham passado pela mesma experiência,<br />

essencialmente, com os mesmos custos e tormentos.<br />

O que deve sentir uma mãe, que viu uma filha ainda bebê sair de<br />

seu próprio corpo, amamentou essa criança, cuidou dela na doença,<br />

treinou a jovem durante os anos formadores da vida, vivendo com ela<br />

seus problemas, sentindo os desapontamentos e tristezas dela como se<br />

fossem seus, derramando lágrimas com as lágrimas dela — o que deve<br />

sentir essa mãe ao perceber de repente que sua filha, agora uma adulta,<br />

a rejeita e age dessa forma simplesmente porque a mãe dela procurou<br />

ser fiel à sua consciência e a Deus?<br />

Como deve se sentir um pai ou uma mãe ao ver um filho ou uma<br />

filha casar-se e ser informado que, pelo mesmo motivo, ‘seria melhor<br />

que nem aparecessem no casamento’, ou ao saber que uma filha deu à<br />

luz uma criança ser informado que não deveria vir ver seu neto?<br />

Isto não é imaginação. Essas coisas estão acontecendo exatamente<br />

assim a muitos pais que estiveram associados com as Testemunhas de<br />

Jeová.<br />

Considere aqui só um exemplo de uma mãe, na Pensilvânia, que<br />

escreve:<br />

Tenho filhos na organização que são casados e que, por ocasião de<br />

minha dissociação, até me ofereciam para que eu viesse à casa deles para<br />

descansar, e a opinião deles com relação a mim como pessoa não fora<br />

alterada. Posteriormente, quando saiu a informação [em A Sentinela de 15<br />

de dezembro de 1981, que apresentava instruções detalhadas quanto à<br />

associação com quem quer que tivesse, até então, se dissociado], tenho<br />

sido evitada por eles desde então e não querem mais falar comigo por<br />

telefone ou por qualquer outro meio. Tenho de fazer alguma coisa quanto<br />

a isso, mas não sei o quê. Não tomo nenhuma iniciativa por temer que seja<br />

uma iniciativa errada e os afaste ainda mais. Não lhes telefono pois receio<br />

que venham a adquirir um número fora da lista, e não escrevo, como disse,<br />

devido ao medo de dizer qualquer coisa que possa ser interpretada como<br />

uma ofensa. Estive hospitalizada durante este tempo devido a um<br />

esgotamento emocional e sofri uma crise adicional, tudo dentro de um<br />

curto espaço de tempo, o que se mostrou terrivelmente arrasador. “Talvez<br />

você compartilhe desta experiência. Não sei como vou suportar a perda de<br />

meus filhos (e futuros netos). A perda é monumental.”<br />

Se a projeção que já tive puder agora contribuir de alguma forma<br />

para que se considere a situação de tais pessoas de maneira mais

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