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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

designado em junho de 1994, é da Áustria, nasceu em 1941, e desta<br />

forma, 27 anos depois de 1914, e foi batizado em 1959, ou cerca de 24<br />

anos após a suposta mudança da chamada de uma classe celestial para<br />

uma classe terrestre em 1935.<br />

A morte de Fred Franz em 22 de dezembro de 1992, aos 99 anos,<br />

marca de certo modo o fim de uma era — ele era o único membro do<br />

Corpo Governante batizado em 1914, ano tão crucial para as crenças<br />

das Testemunhas. E ele era, provavelmente, o único membro que<br />

conhecera pessoalmente o fundador da organização, Charles Taze<br />

Russell. Ele foi, de longe, o arquiteto da maior parte da estrutura<br />

doutrinal pós-Rutherford, bem como o formulador da maioria das<br />

normas relativas a assuntos de desassociação. O “manto” divino<br />

supostamente passado adiante por Rutherford (veja o capítulo 4 deste<br />

livro) desaparece com ele.<br />

Eu tinha escrito a meu tio algumas vezes desde minha renúncia ao<br />

Corpo Governante, nunca pensando em receber uma resposta (e<br />

nenhuma jamais veio), e nem como se fosse a uma pessoa de<br />

autoridade, mas exclusivamente devido a meus sentimentos por ele<br />

como membro da família e como pessoa. Escrevi-lhe para expressar<br />

interesse em sua saúde, para assegurar-lhe que minha preocupação<br />

com ele não era regida por normas de algum sistema humano. Meu<br />

maior desejo era que tivesse sido possível sentar-me e conversar com<br />

ele de pessoa para pessoa, pois estou plenamente convencido na minha<br />

própria mente de que ele percebia a fragilidade de bases bíblicas para<br />

muitos dos ensinos da organização. Ele era um homem de força<br />

intelectual e disciplina mental, e era capaz de redigir uma sólida<br />

explanação bíblica. Mas sua incansável devoção a uma organização<br />

humanamente fundamentada, aparentemente o levou a agir como seu<br />

principal defensor, sempre que os ensinos peculiares dela foram<br />

questionados, ou quando os interesses organizacionais dela pareceram<br />

estar ameaçados, mesmo que isso significasse “acomodar” as<br />

Escrituras de tal modo que elas parecessem dar apoio à posição da<br />

organização.<br />

Em tais casos, a inteligência dele se desviava para o que, em última<br />

análise, era uma inventividade imaginativa, uma habilidade de<br />

conduzir as mentes dos leitores às conclusões desejadas, por meio de<br />

simples retórica e idéias plausíveis.

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