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CRISE DE CONSCIÊNCIA - PORTUGUÊS

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<strong>CRISE</strong> <strong>DE</strong> <strong>CONSCIÊNCIA</strong><br />

trabalho de todos os missionários, o planejamento de congressos e<br />

programas de congresso — tudo isto e muito mais eram prerrogativa<br />

exclusiva de uma única pessoa: o presidente da corporação. O que quer<br />

que o Corpo Governante considerasse ou não em qualquer destas áreas<br />

ocorria estritamente em resultado da decisão e vontade dele.<br />

Tudo isto era difícil de ser conciliado com os artigos publicados<br />

depois do “discurso do rabo abanando o cão” do vice-presidente. A sua<br />

linguagem ali tinha sido bastante enfática e deveras conclusiva:<br />

Assim, também, embora não estivesse presente nenhum dos<br />

apóstolos de Cristo no século dezenove, o espírito santo de Deus deve<br />

ter operado para com a formação do corpo governante para o seu<br />

restante ungido da classe do ‘escravo fiel e discreto’. Os fatos falam<br />

por si mesmos. Surgiu um corpo de cristãos ungidos que aceitaram e<br />

assumiram as responsabilidades de governar os assuntos do povo<br />

dedicado, batizado e ungido de Jeová, que segue as pisadas de Jesus<br />

Cristo e se esforçava a cumprir a obra declarada na profecia de Jesus<br />

em Mateus 24:45-47. Os fatos falam mais alto do que palavras. O<br />

corpo governante existe. As testemunhas cristãs de Jeová sabem e<br />

afirmam com gratidão que não se trata duma organização religiosa de<br />

um só homem, mas que ela tem um corpo governante de cristãos<br />

ungidos pelo espírito. 34<br />

Infelizmente, o quadro apresentado simplesmente não era<br />

verdadeiro. Os fatos, já apresentados pelas próprias publicações<br />

aprovadas da Sociedade Torre de Vigia e pelas declarações de<br />

diretores, mostram claramente que não existia nenhum corpo<br />

governante em nenhum sentido real no século 19 durante a presidência<br />

de Russell, nem no século 20 durante a presidência de Rutherford, e<br />

nem existia algum no sentido descrito neste mesmo artigo de A<br />

Sentinela durante a presidência de Knorr. Era um quadro de aparência<br />

impressionante, mas era ilusório, fictício. O fato é que prevaleceu um<br />

arranjo monárquico desde a própria formação da organização (sendo a<br />

palavra “monarca” de origem grega e significando “aquele governa<br />

sozinho”, também definida nos dicionários como “aquele que detém<br />

posição e poder preeminentes”). Que o primeiro presidente era<br />

benigno, o seguinte severo e autocrático, e o terceiro muito prático à<br />

34 A Sentinela de 1 de junho de 1972, página 345.

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